Após exibição no Festival de Veneza, o Coringa recebeu várias críticas, em que algumas elogiam e outras detonam
Com a proposta de ser um musical, Coringa: Delírio a Dois está dividindo as opiniões das críticas. Enquanto de um lado muitos afirmam que o filme é “brilhante”, outros afirmam que é uma “piada”, com um resultado que deixa a desejar.
A produção conta com o retorno de Joaquin Phoenix como o protagonista Arthur Fleck e Lady Gaga na pele da Arlequina. Apesar da estreia no Brasil ser só em 3 de outubro, a obra foi exibida no Festival de Veneza e está dando o que falar entre os amantes de cinema.
O filme Coringa foi lançado em 2019 e recebeu 11 indicações ao Oscar, incluindo Melhor Filme, Melhor Ator — vencido por Joaquin Phoenix — e Melhor Trilha Sonora — também vencedor. Ao longo de sua passagem no cinema, a produção arrecadou mais de US$ 1 bilhão em bilheterias mundiais. A expectativa era que a sequência tivesse o mesmo sucesso
No entanto, os cinéfilos não estão tão seguros disso. Com 23 análises cadastradas no Metacritic, site que reúne críticas especializadas, Coringa: Delírio a Dois recebeu uma nota amarela, que significa “na média”. No total, 10 artigos elegeram positivamente o filme, 11 como “misto”; e 2 negativamente.
No lado que aprovou a produção, os principais pontos positivos citados são as atuações, ousadia e distanciamento dos “misóginos radicais”. “Uma ousada e, por vezes, brilhante sequência”, pontua a revista Time Out.
Diferentes opiniões
No “mais ou menos”, há um apelo positivo a melhora da produção em comparação ao primeiro filme. “Embora acabe sendo tão estridente, trabalhoso e muitas vezes absolutamente tedioso quanto o primeiro filme, há uma melhora”, afirma The Guardian.
“O filme começa com a promessa de uma abordagem inovadora para o Coringa e a Arlequina. Desse modo, colocando-os em um mundo onde o oposto da crueldade é o romance musical. Infelizmente, centraliza o filme inteiramente em torno de seu antecessor, sem fazer ou dizer nada de novo”, pontua a revista IGN.
Já do outro lado, a principal crítica é o potencial disperdiçado do material, chamando o resultado final de ” superficialmente chocante”, “básico” e “uma piada a todos nós”.
“Muito pouco acontece além dessas paredes, reduzindo o filme a um psicodrama apertado. É surpreendentemente monótono, um procedimento desnecessário que parece desdenhar seu público”, completa a Vanity Fair.