Bolsonaro deu declaração falando dos valores a que pode chegar o novo corte no Orçamento da União
O novo corte no Orçamento da União poderá chegar a R$ 8 bilhões, disse (22) o presidente Jair Bolsonaro. Ele deu a declaração em entrevista num posto de gasolina de Brasília, onde apareceu para verificar os preços dos combustíveis.
“A gente não quer cortar nada. [Mas] se eu não cortar, eu entro na Lei de Responsabilidade Fiscal. Agora, é duro trabalhar com um orçamento engessado. Então temos esse corte extra que chega a quase R$ 8 bilhões. Aí entra a questão dos precatórios, entra abono, entra a questão do financiamento da agricultura também”, declarou o presidente.
Por determinação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o governo enviará ao Congresso nesta noite o Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas, documento divulgado a cada dois meses que orienta a execução do Orçamento.
O bloqueio, de acordo com a equipe econômica, será necessário para cumprir o teto federal de gastos. Somente na segunda-feira (25), os detalhes serão divulgados. O presidente não deu detalhes sobre as áreas que sofrerão cortes.
Guerra na Ucrânia
Em relação à conversa por telefone que teve nesta semana com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, Bolsonaro disse que o Brasil não aderirá às sanções econômicas contra a Rússia e disse portanto buscar uma postura “equilibrada” no conflito, para evitar a escassez de produtos, como fertilizantes.
“Ele [o presidente Zelenskiy] desabafou muita coisa. Eu não retruquei. Mantive aí a posição de estadista. Lógico que o Brasil é um país importantíssimo. Nós não vamos aderir a essas sanções econômicas, continuamos em equilíbrio. Se eu não estivesse em posição de equilíbrio, vocês acham que a gente teria fertilizantes no Brasil?”, indagou. Ou seja, para Bolsonaro, os países deveriam trabalhar para encerrar a guerra, em vez de “aumentar a temperatura” do conflito.
Bolsonaro visitou o posto de combustível, próximo à Torre de Televisão de Brasília, acompanhado dos ministros de Minas e Energia, Adolfo Sachsida; da Justiça, Anderson Torres; e por fim do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.
Fonte: Agência Brasil