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Após suspensão do X (ex-Twitter), os brasileiros começaram a “migrar” para a Bluesky, plataforma fundada por Jack Dorsey - Foto: Bluesky/RedesSociais

Cresce migração para o Bluesky, que promete “respeitar totalmente as leis do Brasil”

CEO Jay Graber diz que não tolera assédio ou discurso de ódio, como consta nas Diretrizes da Comunidade

Após suspensão do X (ex-Twitter) na sexta-feira (30/8) os brasileiros começaram a “migrar” para a Bluesky, plataforma fundada por Jack Dorsey — então dono do Twitter, que vendeu o microblog para Elon Musk. Em um período de três dias foram registrados um milhão de novos usuários na rede social. Assim, antecipando todo o embate entre as decisões de Alexandre de Moraes e Musk, Jay Graber, CEO da Bluesky, fala sobre a migração dos brasileiros do ex-Twitter para o Bluesky.

“Os usuários brasileiros sempre foram uma parte importante do Bluesky. Os brasileiros foram uma das primeiras comunidades a aderir ao Bluesky em 2023, quando toda a comunidade tinha menos de 20 mil usuários. Como a rede era pequena e aconchegante naquela época, a equipe Bluesky fez amizade com muitos usuários brasileiros. Por isso, muitos desses primeiros usuários permaneceram no Bluesky, ajudando a desenvolver a cultura de piadas e memes do Bluesky, e esperamos que mais brasileiros venham e participem da conversa”, afirmou a CEO.

Diretrizes da Comunidade

Na ocasião, a CEO falou sobre as acusações de Elon Musk contra o Supremo Tribunal Federal e o governo brasileiro de que o país vive uma ditadura.

“A moderação é a espinha dorsal de espaços sociais saudáveis on-line. Não toleramos assédio ou discurso de ódio, como você pode ler em nossas Diretrizes da Comunidade”, disse a CEO. Ela também frisou que na plataforma possibilita os usuários a criar e assinar camadas adicionais de moderação empilháveis. “Isso permite que as comunidades tenham mais controle sobre seus espaços on-line.”

Jay ainda anunciou os planos da rede social para o Brasil e prometeu novidades na plataforma. Como a criação de trend topics, ou seja, lista com os assuntos mais comentados da plataforma, ainda neste ano, e a intenção de remunerar criadores de conteúdo em algum momento.

Entenda a suspensão

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na tarde de sexta-feira (29/8), a suspensão da rede social X, o antigo Twitter. Isso em todo território nacional. Em despacho, o magistrado informa que notificou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para bloquear o site. A determinação vale até a rede social pagar as multas e indicar um representante no Brasil.

Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirma que vai intimar o presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Carlos Manuel Baigorri. Dessa forma, deverá adotar de imediato as providências necessárias para a efetivação da medida e deve informá-lo em até 24 h.