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O microchip está presente na produção de carro, computadores, cartões até celulares.

Crise mundial dos microchips deve terminar em breve

Esses componentes são indispensáveis para a produção industrial e faltou no mercado durante a pandemia, dificultando a produção mundial

Um dos assuntos mais debatidos no mercado da tecnologia recentemente é a crise global dos microchips. Agravado pela pandemia, que alterou drasticamente o modelo de produção das indústrias e aumentou a demanda das peças, o problema deve acabar em breve, de acordo com Cristiano Amon, brasileiro que é CEO global da Qualcomm.

“A expectativa é que a indústria saia da crise ao final de 2021”, defendeu em entrevista coletiva online 16/7. Ele complementou que o “sair da crise” significa que as empresas conseguirão balancear novamente a capacidade de produção com a demanda.

O executivo pontuou que particularmente a Qualcomm foi menos afetada por causa de sua escala. Neste período, segundo ele, a companhia conseguiu garantir investimentos dos fornecedores, para que eles mantivessem a capacidade de produção, e aproveitou a capacidade para projetar outros produtos.

Amon contou, também, que a marca projetou uma atuação no mercado para tentar “driblar” os problemas: os mesmos componentes eram desenvolvidos em duas ou três fábricas diferentes. Ações como esta devem fazer com que a empresa consiga voltar a atender todas as demandas já neste 2° semestre do ano, de acordo com ele.
E apesar de dizer que a crise está representando um “momento de oportunidade”, ele confessou acreditar que alguns setores da tecnologia ainda devem seguir enfrentando dificuldades em 2022.

Razões da crise dos microchips

O executivo-chefe da Qualcomm também disse na entrevista que por ser global, a escassez “bateu à porta” de todo mundo de alguma forma. Apesar de não citar, Apple, Samsung, Intel, Dell, HP e várias outras falaram publicamente sobre a questão, que chegou a resultar em aumento de preços para o consumidor.

O brasileiro explicou que a mudança forçada no regime de trabalho (do presencial para o home office) fez com que muitas empresas precisassem descobrir, de uma hora para outra, como os colaboradores poderiam ter acesso a tudo — além das mudanças nos serviços de escolas, serviços e médicos.