Capitã da seleção feminina de rugby nas Olimpíadas, Raquel Kochhann superou batalha de quase dois anos contra a doença
Raquel Kochhann representou o Brasil como porta-bandeira na abertura das Olimpíadas, em Paris, nesta sexta-feira (26). Natural de Saudades, no Oeste de Santa Catarina, a brasileira de 31 anos é capitã da Yaras, nome da seleção brasileira feminina de rúgbi.
Pela terceira vez nos Jogos Olímpicos, a atleta se tornou exemplo de força e determinação ao retornar para a competição depois de vencer uma batalha de quase dois anos contra o câncer. Conheça a trajetória de superação da jogadora.
O início da luta contra o câncer
Antes de competir em Tokyo, em 2021, Raquel descobriu um nódulo no seio que, posteriormente, se revelaria um câncer de mama. Logo após voltar do torneio, ela foi diagnosticada com células cancerígenas e realizou uma mastectomia bilateral. Mas durante os exames, descobriu que também estava com a doença no osso esterno, no tórax.
Tratamento
Afastada das competições, deu início ao período de quimio e radioterapia em março de 2023, após se recuperar de uma cirurgia no joelho. Apesar do tratamento, Raquel não deixou de marcar presença nos treinamentos da seleção. Desde o diagnóstico, foram 20 meses até a atleta voltar a jogar rugby.
De volta aos campos
Dezembro de 2023 marcou o retorno de Raquel Kochhann ao rúgbi. Em seu primeiro jogo após vencer a doença, a jogadora competiu no circuito brasileiro pelo time Charrua, onde construiu sua carreira no esporte. Um ano depois, voltou a vestir a camisa da seleção brasileira para o circuito mundial, em Perth, na Austrália. Desde então, não largou mais a bola.
Representando o Brasil na Olimpíada
No desfile pelo Rio Sena, durante a abertura dos Jogos Olímpicos, a capitã das Yaras representou a delegação como porta-bandeira ao lado de Isaquias Queiroz, da canoagem velocidade.