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O debate terminou como um pesadelo para os democratas e lançou dúvidas, dentro do partido sobre a capacidade de Joe Biden

Desempenho de Biden em debate vira pesadelo para os democratas

Presidente Biden demonstrou fraqueza e não conseguiu deter Trump, que despejou mentiras em tom vigoroso

A principal preocupação da campanha de Joe Biden para o debate desta quinta-feira (27), era manter o presidente focado e com energia suficiente para afastar os temores sobre a idade avançada e a acuidade mental.

O confronto terminou como um pesadelo para os democratas e lançou dúvidas, dentro do partido. Ou seja, sobre a capacidade de Biden levar adiante a campanha para a reeleição, a quatro meses do pleito.

O presidente estava rouco e hesitante. Enquanto Donald Trump falava calmamente e de forma assertiva, onde a tela dividida mostrava Biden com o queixo caído e a aparência congelada, que expressava a derrota e a falta de entusiasmo. O debate não apresentou propostas, mas insultos, ataques pessoais e infantis.

Em um dos raros momentos de reação, Biden chamou Trump de criminoso condenado, comparou a moral de seu oponente à de um gato de rua, e acusou-o de ter feito sexo com uma atriz pornô enquanto sua mulher estava grávida.

O ex-presidente dominou boa parte do debate, oscilando entre a valentia e a vitimização. Mas num tom mais comedido do que o habitual.

Os argumentos apresentados por Biden eram ofuscados pelas mentiras contundentes proferidas de forma vigorosa por seu adversário. O desempenho pífio do presidente em 90 minutos espocou os holofotes sobre a sua capacidade de liderar o país num segundo mandato. Assistir ao seu naufrágio angustiou admiradores, que não põem em dúvida as sérias intenções de Biden à frente da Casa Branca.

Amigo do presidente há mais de duas décadas, o colunista Thomas Friedman, do “New York Times”, contou que sentiu tristeza e chorou ao atestar que Joe Biden, “um bom homem e um bom presidente”, não deve seguir adiante com a candidatura à reeleição.

O debate deixou claro que os democratas têm um grave problema para administrar antes da convenção de agosto. Isto é, se quiserem vencer a eleição em novembro e proteger os valores democráticos tão defendidos pelo atual presidente.