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Brasil encerrou 2023 com uma taxa média de desemprego de 7,8%, a menor em quase dez anos, resultado melhor que o esperado no quarto trimestre

Desemprego fecha 2023 com taxa média de 7,8%, menor patamar desde 2014, diz IBGE

Em 2023, taxa anual média de desemprego ficou em 7,8%, menor resultado desde 2014

O Brasil encerrou 2023 com uma taxa média de desemprego de 7,8%, a menor em quase dez anos, depois de um resultado melhor que o esperado no quarto trimestre. Assim, confirmou a tendência de recuperação do mercado de trabalho após os impactos da pandemia.

O resultado médio do ano, o mais baixo desde 2014, mostra forte desaceleração em relação a 2022. Quando a leitura foi de 9,6%, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). A menor taxa da série registrada em 2014, de 7,0%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A leitura do trimestre divulgada nesta quarta-feira (31), ficou ainda abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de uma taxa de 7,6% e a menor desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A força que o mercado de trabalho mostrou durante o ano de 2023, tem correlação com a atividade econômica, que mostrou desempenho melhor que o esperado. Analistas apontam que a taxa de desemprego pode permanecer em patamares baixos, ainda que esperada uma desaceleração da economia.

Tendência de recuperação do mercado

De acordo com o IBGE, confirmou-se a tendência de recuperação do mercado de trabalho pela queda de 17,6% na população desocupada média de 2022 para 2023, chegando a 8,5 milhões de pessoas. Já a população ocupada média voltou a bater o recorde da série. Chegou a 100,7 milhões de pessoas em 2023, resultado 3,8% acima de 2022.

Ainda na média anual, o número de empregados com carteira de trabalho assinada cresceu 5,8%. Dessa maneira, chegou a 37,7 milhões de pessoas, o mais alto da série.

O contingente anual de empregados sem carteira assinada no setor privado, mostrou aumento de 5,9%, a 13,4 milhões de pessoas, também o pico da série.

A taxa anual de informalidade passou de 39,4% para 39,2% em 2023. Enquanto a estimativa da população desalentada diminuiu 12,4%, a 3,7 milhões de pessoas.

Já o valor anual do rendimento real habitual foi estimado em 2.979 reais, o que representa um aumento de 7,2% na comparação com 2022. Mas fica abaixo do maior patamar da série, de 2.989 reais, em 2014.