O Dia Mundial do TDAH é uma data para simbolizar uma conscientização desse transtorno, que tem tratamento
Nesta quarta-feira (13) é o Dia Mundial do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), data estabelecida para aumentar a conscientização sobre o problema que, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), atinge, hoje, cerca de dois milhões de pessoas no Brasil.
A maior incidência, de acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), ainda é em crianças: cerca de 3% a 5% da população mais jovem de todo o mundo. O transtorno neurológico, que afeta o paciente ao longo da vida, incluindo na fase adulta, tem poucos achados na literatura médica e raros dados estatísticos sobre como se vive com ele na maioridade.
O TDAH só passou a ser considerado um transtorno no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) a partir de 1992. Ou seja, as primeiras gerações diagnosticadas chegaram à vida adulta há pouco tempo.
Como é o tratamento depois de adulto?
Para crianças, existe um consenso médico sobre o que funciona como tratamento: normalmente é a combinação de uso de alopáticos, com a realização de atividades físicas frequentes e acompanhamento de um psicoterapeuta.
No caso dos alopáticos, a prescrição médica frequentemente inclui estimulantes do sistema nervoso central. Tudo para melhorar a concentração, diminuir a ansiedade e a hiperatividade, trazendo, assim, outros benefícios de melhora cognitiva.
Mas e depois de adulto? Sabemos que estimulantes, além de trazerem inúmeras reações adversas e efeitos colaterais, são muito perigosos principalmente quando utilizados continuamente.
Filipe Colombini, psicólogo e CEO da Equipe AT, organização especializada em acompanhamento terapêutico, explica que “os sintomas do TDAH, caso o transtorno não seja tratado de forma correta, causam problemas no desenvolvimento da criança, assim como dificuldades sociais e profissionais na fase adulta”