A diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, Kimberly Cheatle, renunciou ao cargo nesta terça-feira (23)
Dez dias após o atentado contra o candidato à presidência dos EUA Donald Trump, a Diretora do Serviço Secreto dos EUA renuncia ao cargo. A diretora estava pressionada desde o atentado contra Donald Trump, no dia 13 de julho.
Ela escreveu uma carta aos colegas de trabalho da agência federal. De acordo com informações da NBC News, Cheatle afirmou: “À luz dos acontecimentos recentes, é com pesar que tomei a difícil decisão de renunciar ao cargo de diretora. “A missão solene do Serviço Secreto é proteger os líderes e a infraestrutura financeira da nossa nação. Em 13 de julho, falhamos nessa missão”.
“Como diretora, assumo total responsabilidade pela falha de segurança”, diz a carta. Cheatle liderava a agência desde setembro de 2022.
O presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que em breve nomeará um novo líder para o Serviço Secreto. Em um comunicado à imprensa norte-americana após o anúncio da renúncia de Cheatle, Biden agradeceu pelas décadas de serviço público prestados pela agora ex-chefe da agência. “Se dedicou abnegadamente e arriscou sua vida para proteger nossa nação”, diz trecho do comunicado.
De acordo com Biden, a investigação sobre a tentativa de assassinato contra Trump continua. “Estou ansioso para avaliar as suas conclusões. O que aconteceu, no entanto, naquele dia nunca mais poderá acontecer”, escreveu na rede social X.
Kimberly Cheatle já havia admitido falha
Na segunda-feira (22), ela já havia admitido ao Congresso que ela e a agência falharam. “Nós falhamos. Como diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, assumo total responsabilidade por qualquer falha de segurança. A tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump em 13 de julho é a falha operacional mais significativa do Serviço Secreto em décadas”, afirmou Cheatle.
Cheatle também reconheceu que o Serviço Secreto foi informado mais de uma vez sobre uma pessoa suspeita antes do tiroteio. Assim, revelou que o telhado de onde Crooks abriu fogo identificado como uma possível vulnerabilidade dias antes do comício. Todavia, questionada sobre por que não havia agentes no telhado onde o atirador localizado ou se o Serviço Secreto usou drones para monitorar a área, Cheatle disse que ainda está aguardando o desenrolar da investigação, o que provocou indignação entre membros do comitê.