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A Assembleia Legislativa realizou audiência pública para discutir o novo ensino médio

ALMT: Audiência pública discutiu o novo ensino médio

Participantes defenderam revogação sobre novo ensino médio

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), realizou audiência pública para discutir o novo ensino médio na tarde desta segunda-feira (22). Contudo a discussão reuniu integrantes do movimento estudantil, de sindicatos como o Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT). Assim, além de professores dos ensino médio e superior, que defenderam a revogação do novo modelo curricular. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc/MT) também participou do encontro.

Todavia na defesa pela derrubada da reforma do ensino médio proposta em 2016, cuja implementação teve início no governo Bolsonaro, participantes da audiência argumentaram que as mudanças promovem desigualdades e tendem a aumentar a evasão escolar, criticaram a redução da carga horária de disciplinas de humanas e o privilégio de conteúdos superficiais.

Para profissionais da educação, o novo currículo diminui as chances do aluno da escola pública de acessar a universidade, enquanto o aluno da escola particular continua tendo matérias do currículo antigo de forma integral.

O presidente do Sintep, Valdeir Pereira, chamou atenção ainda para o fato de que muitos municípios não conseguem ofertar mais de um itinerário por terem estrutura menor. No projeto, os alunos deveriam poder escolher se aprofundar na área de seu interesse, como Ciências Humanas e Sociológicas, Matemáticas e Linguagens.

Outro modelo de ensino médio

Outra crítica expõe a falta de discussão com a comunidade escolar na elaboração do novo ensino médio.

Como alternativa ao novo ensino médio, pessoas como Geraldo Grossi, representante do Comitê da Campanha pelo Direito à Educação em Mato Grosso, defenderam discutir um outro modelo para o ensino médio a partir de projeto de lei (PL nº 2601/2023) que tramita na Câmara dos Deputados.

O deputado Valdir Barranco, co-autor do requerimento da discussão, indicou a necessidade de ampliação do debate no estado. Além disso, adiantou que um relatório da audiência será entregue para o ministro da Educação, Camilo Santana, que tem agenda em Cuiabá e Rondonópolis.