Mudas de café para agricultores: a produtividade pode chegar acima de 100 sacas por hectare no terceiro ano de plantio
Aconteceu uma entrega de mudas de café para agricultores familiares do município de Tangará da Serra em MT. Eles receberam 20 mil mudas de café das espécies Coffea canephora, conhecida também como Conilon, Robusta e Clonal.
O extensionista rural da Empresa Mato-grosse de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Leonardo Diogo Ehle Dias, em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), vão distribuir mais 15 mil mudas de café para agricultores. Do mesmo modo, 19 agricultores vão receber em média 1,8 mil mudas de café.
No viveiro que instalaram no Campo Experimental da Empaer, produziram as mudas numa área de mil metros quadrados.
Conforme Leonardo, a área tem capacidade para produzir 50 mil mudas de café e seis clones diferentes (N41, N 80, N02, N08, N13 e N16). Além disso, o viveiro possui um sistema de irrigação automatizado e cumpre todas as diretrizes técnicas para produção de mudas de café via estaquia. Ou seja, quando utilizam uma parte da planta e não a semente para produzir uma nova muda, técnica considerada clonagem.
De acordo com o extensionista, a espécie Coffea canephora possui dois grandes grupos de cultivares, Conilon e Robusta.
Os seis clones que estão sendo entregues aos agricultores são híbridos, resultantes de cruzamentos entre cultivares destes grupos. Em outras palavras, as mudas de café Clonal que estão sendo entregues reúnem características do café Conilon e Robusta. “Estes materiais vêm sendo chamados de café Clonal, devido à forma de reprodução ser vegetativa por estaquia”, enfatiza.
Vantagens
Os resultados com o café Clonal na região são positivos e estão possibilitando boa produtividade, em média 60 sacas por hectare no segundo ano de plantio.
Leonardo destacou que a produtividade pode chegar acima de 100 sacas por hectare no terceiro ano de plantio. Também adverte que é importante ter os tratos culturais adequados e utilizar o sistema de irrigação na lavoura do café.
Juntamente com outra vantagem da cultura é o cultivo consorciado que nos primeiros dois anos já produziu abobrinha verde e mandioca e comercializou na feira do município.
Leonardo explica que o espaçamento maior entre linhas, em torno de quatro metros, facilitou o plantio do café na mesma área. Assim, quando chegar a colheita do café, o produtor terá mais uma opção de renda.
Fonte: Governo de MT