Complexo que produz gasolina, diesel, querosene e outros derivados de petróleo tem sido alvo de drones em ofensivas ucranianas frequentes
O complexo petroquímico de Salavat, um dos maiores da Rússia, localizado na região do Bascortostão, centro-oeste do país, foi atacado por drones da Ucrânia, informou o governador local nesta quarta-feira (24) por meio de seu canal no aplicativo de mensagens Telegram, sendo o segundo ataque do tipo em menos de uma semana.
Os dispositivos também atacaram o mesmo complexo, controlado pela gigante de energia Gazprom GAZP.MM, na semana passada.
A Ucrânia intensificou os ataques com drones à vasta infraestrutura de petróleo e gás da Rússia nas últimas semanas. Visando, portanto, refinarias e oleodutos com destino à exportação, enquanto as negociações de paz com Moscou estagnaram.
A Rússia está enfrentando escassez de certos tipos de combustível, já que os ataques reduziram a operação das refinarias e os altos custos dos empréstimos significam que os postos de abastecimento privados não têm condições de estocar combustível, relataram comerciantes e varejistas.
No início deste mês, drones ucranianos também atingiram uma refinaria de petróleo em Ufa, capital regional do Bascortostão, a cerca de 1.400 quilômetros da fronteira com a Ucrânia.
Entenda a guerra na Ucrânia
A Rússia iniciou a invasão em larga escala da Ucrânia em fevereiro de 2022 e detém atualmente cerca de um quinto do território do país vizinho.
Ainda em 2022, o presidente russo, Vladimir Putin, decretou a anexação de quatro regiões ucranianas: Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia.
Os russos avançam lentamente pelo leste e Moscou não dá sinais de abandonar seus principais objetivos de guerra. Enquanto isso, Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, pressiona por um acordo de paz.
O governo de Putin, por sua vez, intensificou os ataques aéreos, incluindo ofensivas com drones.
Os dois lados negam ter como alvo civis, mas milhares morreram no conflito, a grande maioria deles ucranianos.
Acredita-se também que milhares de soldados morreram na linha de frente, mas nenhum dos lados divulga números de baixas militares.
Os Estados Unidos afirmam que 1,2 milhão de pessoas ficaram feridas ou mortas na guerra.