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Economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre em comparação com o segundo e acumula avanço de 2,5% no período de 12 meses Foto: Ag. Brasil

Economia brasileira cresce 0,1% no terceiro trimestre, estima FGV

Economia brasileira cresceu no terceiro trimestre

A economia brasileira cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025 em comparação com o segundo trimestre e acumula avanço de 2,5% no período de 12 meses. Especificamente na passagem de agosto para setembro, o comportamento foi estável, ou seja, variação nula.

Os dados fazem parte do Monitor do PIB, estudo mensal elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV (Fundação Getulio Vargas), divulgado nesta terça-feira (18).

A pesquisa faz estimativas sobre o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), indicador do conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.

A informação entre trimestres e meses seguidos é dessazonalizada, isto é, foram excluídas variações sazonais, de forma que seja possível comparar períodos diferentes.

Em termos monetários, a FGV estima o PIB brasileiro no acumulado até o terceiro trimestre em R$ 9,370 trilhões.

Fatores

De acordo com a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, o setor de serviços e o consumo das famílias, maiores componentes do PIB, ficaram estagnados, “e os outros componentes pouco contribuíram para um desempenho mais forte da economia”.

Ao analisar os dados interanuais — que apresentam menos volatilidade em relação aos períodos imediatamente seguidos — a FGV constata que o consumo das famílias, que vinha crescendo anualmente praticamente acima de 3% desde 2021, apresentou visível desaceleração ao longo de 2025. Nesse sentido, registrou apenas 0,2% de expansão no terceiro trimestre, comparado ao mesmo período de 2024.

Dessa forma, embora o consumo continue positivo, a taxa de crescimento desacelerou consideravelmente. Assim, a economia enfrentou desafios para manter o ritmo acelerado observado anteriormente. Portanto, os dados indicam a necessidade de atenção às condições econômicas para evitar impacto maior no consumo familiar.

“Apesar do resultado levemente positivo, o consumo de bens apresentou desempenho negativo, tanto em duráveis, como em não duráveis. O consumo de serviços, apesar de positivo, desacelerou significativamente no último trimestre”, frisa o estudo.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que mede a capacidade produtiva da economia, recuou 0,4% na comparação entre os terceiros trimestres de 2024 e 2025. Esse resultado foi muito impactado pelo comportamento fraco do setor de máquinas e equipamentos. Além disso, essa queda é a primeira desde o trimestre móvel terminado em janeiro de 2023.

Já as exportações cresceram 7% no mesmo intervalo interanual. Essa alta é a maior desde o trimestre móvel encerrado em maio de 2024. Houve crescimento em todos os grupos de produtos exportados, com destaque para os da indústria extrativa, que contribuíram com cerca de 44% para o crescimento total das exportações. Ademais, isso sinaliza uma recuperação importante para o setor exportador e impacta positivamente o saldo comercial do país.

Resultado oficial

O Monitor do PIB é um dos estudos que servem como termômetro da economia brasileira.

O índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado (17), indicou recuo de 0,2% na passagem de agosto para setembro. Além disso, no terceiro trimestre, houve queda de 0,9% em comparação com o segundo trimestre. Esses dados mostram uma desaceleração da economia brasileira nesse período, conforme informado pela autoridade monetária.

O resultado oficial do PIB é apresentado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A próxima divulgação será referente ao terceiro trimestre de 2025, em 4 de dezembro.

Fonte: agênciabrasil