Boletim Focus indica projeção de 6,88%; semana passada estava em 6,79%

A projeção da inflação este ano voltou a subir na previsão dos economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central. Pela 18ª vez, os analistas estimam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficará acima da meta. Na semana passada a estimativa estava em 6,79%. Nesta semana, no entanto, passou para 6,88%.

A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 2,25% e o superior de 5,25%.

Elevaram mais uma vez a taxa de inflação de 2021

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, que foi elevada na semana passada de 4,25% ao ano para 5,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Ao anunciar a decisão, o Copom já sinalizou que pretende elevar a Selic em mais um ponto percentual na próxima reunião, marcada para setembro.

Economistas ouvidos pelo Boletim Focus do Banco Central elevaram mais uma vez a taxa inflacionária de 2021. Da semana passada para esta semana, a previsão subiu de 6,56% para 6,79%, acima da meta de 3,75%. A crise hídrica, o frio e as contas de luz mais caras colaboram para o aumento da inflação.

Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2021 em 7,25% ao ano. Os economistas mantiveram a projeção para o crescimento da economia brasileira em 5,30%.

Estável em R$ 5,10

O dólar deve chegar ao final do ano em cotação estável em R$ 5,10. Os economistas também estimam que o câmbio terá uma leve elevação. A cotação do dólar sobe de R$ 5,09 para R$ 5,10 no final de 2021.

A taxa de juros Selic se manteve em 7%. Na próxima 4ª feira (4.ago), o Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne para definir a nova taxa.

Ft: sbtnews