Lojas físicas para engrossar faturamento, captam novos clientes a um custo mais baixo
Depois do forte crescimento do comércio online durante a pandemia, empresas nativas digitais estão fazendo o caminho inverso e abrindo lojas físicas. Na tentativa de usar as lojas físicas para engrossar faturamento. Com isso, esperam acelerar a captação de novos clientes e ampliar a divulgação da marca. O movimento inclui nomes como a Wine, especializada em vinhos, a Mobly, de móveis, e o brechó online TROC, entre outros.
“O varejo físico proporciona complementos importantes. Além da captação de novos clientes a um custo baixo”. Assim como “traz relacionamento e engajamento dos clientes e também funciona como um ponto de distribuição para as vendas online”, explica Alberto Serrentino, sócio da consultoria Varese Retail. Lembrando que esse mesmo caminho já foi seguido antes, nos EUA, como a gigante online Amazon, por exemplo.
No caso da Wine, a primeira loja foi inaugurada em Belo Horizonte (MG), pouco antes do início das medidas de isolamento social, no fim de 2019. A exemplo do restante do varejo, a loja teve de baixar as portas logo em seguida.
Mas foi buscar na geolocalização uma forma de encontrar clientes próximos do ponto físico para o atendimento das vendas online. E o ponto acabou virando um centro de distribuição de produtos para a região.
Ponto físico se tornou uma importante arma de captação de novos clientes
Quando o comércio em geral voltou a funcionar, as entregas realizadas a partir da loja continuaram sendo estratégicas. Mas outro ponto se mostrou um diferencial: com o crescimento do consumo de vinhos no País, o ponto físico se tornou uma importante arma de captação de novos clientes, aponta German Garfinkel, diretor da Wine.
“A ideia é a gente cortar a distância dos nossos sócios e clientes”, afirma o executivo. Pelo modelo adotado pela empresa, sócios ou assinantes da plataforma Clube Wine recebem, periodicamente, os rótulos selecionados pela casa.
Depois da loja em Belo Horizonte, a Wine abriu mais sete lojas em 2020 e outras oito neste ano. Em 2022, a ideia é abrir uma ou duas lojas por mês, diz Garfinkel. Mas os pontos de vendas serão mais do que isso. Dessa forma, passada a pandemia de covid-19, a ideia é elaborar uma rotina de eventos e degustações. Como resultado, ampliando a interação com a clientela.
