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Uma erupção solar emitiu fluxos de raios X e radiação ultravioleta extrema, causando apagão de rádio no Brasil e África

Erupção solar causa apagão de rádio no Brasil e África

O apagão de rádio impossibilitou a comunicação dos operadores de rádio amador

Uma erupção solar emitiu fluxos de raios X e radiação ultravioleta extrema, causando apagão de rádio no Brasil e África. O Sol produziu uma erupção relativamente poderosa em uma de suas regiões ativas, causando apagão de rádio em toda a África e no Atlântico Sul. O evento ocorreu no dia 10 de março e provocou uma ejeção de massa coronal que pode chegar à Terra em breve.

A mancha solar AR3599 não é grande, nem possui as características de regiões magneticamente complexas que costumam produzir maior atividade. Ainda assim, sofreu uma explosão de classe M7.4 (moderada), se aproximando de um evento considerado forte.

O apagão de rádio impossibilitou a comunicação dos operadores de rádio amador, que ficaram sem sinal por cerca de 30 minutos. A costa leste do Brasil, incluindo as regiões Sudeste e Nordeste, também enfrentaram blecautes de rádio nas frequências de 30 a 35 MHz.

Uma ejeção de massa coronal (CME) também foi produzida por essa explosão, resultando em uma nuvem de plasma viajando a cerca de 750 km/s. Segundo as modelagens da NASA, a CME não deve atingir a Terra, mas há chances de nosso planeta levar um “golpe de raspão” ainda nesta semana.

Caso isso aconteça, não há motivos para nos preocuparmos, já que nosso planeta não vai levar um impacto direto. Além disso, é possível que algumas algumas auroras boreais apareçam para os habitantes dos países mais ao norte do globo terrestre.

Explosões solares

As erupções solares mais intensas vistas nas últimas semanas indicam que, talvez, já estejamos no máximo solar. Trata-se da época dentro do ciclo de 11 anos na qual a atividade em nossa estrela é mais intensa.

Por enquanto, o recorde de explosão mais intensa é da mancha AR3514, que produziu um evento de classe X6.3. Na verdade, aquela foi a erupção mais poderosa desde 2017, quando houve uma explosão da classe X8.2.