Grupo terrorista Estado Islâmico reivindicou ataques que mataram quase 100 pessoas e inflamaram ainda mais as tensões no Oriente Médio
O Estado Islâmico assumiu a responsabilidade pelos ataques desta quarta-feira (4) no Irã, que mataram quase 100 pessoas e ameaçam inflamar ainda mais as tensões no Oriente Médio.
O grupo terrorista reivindicou as duas explosões perto do túmulo do comandante iraniano Qassem Soleimani, de acordo com um comunicado no canal Telegram. O ministro da Saúde do Irã disse que o atentado deixou 95 mortos e 211 feridos.
O Irã afirmou que as explosões visavam punir a sua posição contra a invasão de Gaza por Israel, mas as autoridades norte-americanas afirmaram desde o início que tinham as características de uma operação levada a cabo por um grupo como o Estado Islâmico.
Como ocorreu
“As explosões ocorreram com intervalo de 15 minutos uma da outra, fora do cemitério onde uma multidão participava de uma cerimônia para lembrar a morte de Soleimani. Mas as explosões foram causadas por bombas plantadas em uma mala e um carro perto da entrada do cemitério. E, portanto, detonadas remotamente”, informou a Agência de Notícias da República Islâmica.
Os ataques ocorreram um dia depois de se acreditar que Israel estava por trás do assassinato de um importante líder do grupo militante Hamas. Apoiado pelo Irã, na capital do Líbano, Beirute, autoridades dos EUA disseram que não havia razão para suspeitar do envolvimento israelense nos bombardeios no Irã.
Ainda assim, os ataques marcaram um novo pico nas tensões regionais desde que os israelenses iniciaram sua guerra contra o Hamas. Ou seja, depois de o grupo ter se infiltrado em Israel em 7 de outubro e matado cerca de 1.200 pessoas. Desde o início do conflito, os Houthis também dispararam mísseis e drones contra navios comerciais no Mar Vermelho. Enquanto o Hezbollah lançou ataques contra Israel a partir das suas bases no Líbano.