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O campo da estatal boliviana tem mais de 20 anos de exploração contínua e o resultado é um menor volume de gás extraído para as exportações e menos gasolina para o mercado interno

Estatal boliviana corta 30% do gás fornecido para o Brasil

A Petrobras informou que vem recebendo, ao longo do mês de maio, volumes de gás natural inferiores aos encomendados à estatal boliviana

A redução na entrega de gás da estatal boliviana YPFB estaria impactando o planejamento operacional da companhia brasileira. “Tal redução da ordem de 30% não estava prevista; implicando então na necessidade de importação de volumes adicionais de gás natural liquefeito (LNG) para atendimento aos compromissos de fornecimento da Petrobras”, diz nota da estatal.

Substituição de reservas

San Alberto foi o primeiro megacampo que começou a abastecer o mercado brasileiro; dessa maneira tem garantindo o cumprimento do contrato da GSA firmado entre a YPFB e a Petrobras. As reservas de gás natural foram descobertas em 1990, a uma profundidade de 4.320 metros na formação Huamampampa.

O campo tem mais de 20 anos de exploração contínua e está em fase de declínio, além disso, sua produção vem de reservatórios naturalmente fraturados. O resultado, portanto, é um menor volume de gás extraído para as exportações e menos gasolina para o mercado interno.

No caso de Sábalo, com mais de 18 anos de produção sustentada, é o campo de gás mais importante em Tarija; ou seja, o segundo a nível nacional, e também está em fase de declínio.

O declínio dos megacampos é uma preocupação para a YPFB

Na análise da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) correspondente à situação atual, “a política de substituição de reserva, considerando o declínio dos campos, foi afetada pela interrupção das atividades de exploração; além de força maior (force majeure) e do impedimento de trabalhar em zonas autorizadas fora da área central dos parques nacionais”.

“O declínio dos megacampos e o impacto que apresenta tanto na produção de hidrocarbonetos quanto no conceito de royalties e o IDH da Tarija é uma preocupação para a companhia petrolífera estatal boliviana”, aponta o BNamericas.