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Parceria entre Seduc e a Universidade selou projeto que vai permitir quilombolas na UFMT

Estudantes quilombolas terão ingresso direto na UFMT

Processo seletivo para quilombolas na UFMT precisará atender critérios específicos

Remanescentes de comunidades quilombolas de Mato Grosso participarão de Processo Seletivo Específico na UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso), com oferta de 145 vagas nos campi de Cuiabá, Araguaia, Várzea Grande e Sinop. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) será parceira no processo, divulgando as vagas para os estudantes e estimulando-os para esta possibilidade de ingresso no ensino superior.

As inscrições estarão abertas a partir desta terça-feira (24), com encerramento previsto para 12 de junho. O edital, que faz parte do Programa de Inclusão Quilombola (Proinq) para estudantes que concluíram o ensino médio, ou que estejam concluindo até o dia da inscrição, foi então publicado pela UFMT na última quarta-feira (18).

Na última sexta-feira (20), em reunião na reitoria da UFMT, a superintendente de Diversidades Educacionais da Seduc, Lúcia Aparecida dos Santos, recebeu do reitor Evandro Soares o edital do processo seletivo, a resolução que assim aprova esta política por 10 anos e a minuta de cooperação técnica entre as duas instituições.

O reitor da UFMT Evandro Soares explicou a importância da participação da Secretaria para a efetiva inclusão destes estudantes na instituição.

“A Seduc se colocou à disposição para nos ajudar, tanto na questão da prospecção, divulgando as vagas para os estudantes, assim como estimulando-os para esta possibilidade de ingresso na UFMT. Estamos muito felizes com esta contrapartida da Seduc”.

Critérios

Os estudantes aptos a participar do programa devem ser remanescentes de comunidades quilombolas, grupos étnico-raciais, seguindo critérios definidos no Decreto 4.887/ 2003; de auto distribuição, com trajetória histórica própria; dotados de relações territoriais específicas, além disso, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida.

Lúcia Aparecida dos Santos falou sobre a importância de participar do programa.

“Acreditamos nesta política e nos sentimos honrados em estarmos no processo. São egressos da nossa educação básica, que precisam de mais visibilidade e, quando levamos a possibilidade da universidade aos quilombolas, estamos transformando vidas. Para nós, é muito importante, porque somos defensores também deste público, que é mais vulnerável e que somente precisa de uma oportunidade”, defende a superintendente.

A seleção dos candidatos aprovados vai obedecer à critérios de classificação; que então contabilizarão as notas do candidato no ensino médio; seja através do histórico escolar, da análise de pontuação máxima, comparando os últimos 5 anos do Enem; ou por fim outras provas que o candidato tiver realizado.

Fonte: Governo de MT