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Estudo que detalha como avançam os tumores no pâncreas vai ajudar a criar novas abordagens contra a doença

Estudo desvenda desenvolvimento dos tumores no pâncreas

Estudo mapeia com detalhamento inédito os tumores no pâncreas e como ele cresce no corpo humano

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos, deram um passo importante com estudo para entender o desenvolvimento dos tumores no pâncreas durante a transição das células pancreáticas normais para células pré-cancerosas, e a mudança de células pré-cancerosas para cancerosas.

É a primeira vez que essas transições foram mapeadas com tamanho detalhamento em tumores humanos. Entender esses processos, de acordo com os cientistas, ajuda a compreender a resistência de alguns pacientes aos tratamentos. E sobretudo pode contribuir com o desenvolvimento de novas abordagens contra a doença.

“O câncer de pâncreas é difícil de tratar. Assim, para desenvolver melhores tratamentos, precisamos entender como as células normais e saudáveis ​​do pâncreas se transformam em cancerosas”, disse a coautora do estudo e professora de genética, Li Ding.

Em um artigo publicado em agosto na revista Nature Genetics, os cientistas detalham como foi o estudo que analisou 83 amostras de tumores pancreáticos de 31 pacientes. Foi observada a genética e a fabricação de proteínas por esses cânceres para determinar as características das células durante as transições.

Mapa

Os pesquisadores contam que a ciência já produziu muitas fotografias desses tumores, mas era necessário um filme contínuo para ver exatamente como se formam e se desenvolvem. Foram encontrados dois pontos de transição, e os cientistas criaram um mapa definindo as características das células em cada um dos momentos.

No futuro, eles pretendem definir também o momento em que o tumor começa a sair do órgão, se tornando uma doença metastática.

O câncer de pâncreas tem uma alta taxa de mortalidade devido ao diagnóstico tardio e ao comportamento agressivo nas fases mais avançadas. No Brasil, ele é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer. E, além disso, por 4% do total de mortes causadas pela doença, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).