No momento, você está visualizando Transporte de etanol de milho via ferrovia motiva biocombustível
É uma forma da gente trazer cada vez mais o etanol de milho no sistema sustentável ampliando a colaboração com o meio ambiente

Transporte de etanol de milho via ferrovia motiva biocombustível

A expectativa é reduzir em até 60% as emissões de CO2

O transporte de etanol de milho através de ferrovias pode auxiliar tanto no escoamento quanto para um aumento da produção do biocombustível. O uso dos trilhos, segundo especialistas, deixa ainda o transporte mais sustentável, pois pode substituir cerca de 17 mil viagens ao ano de caminhões.

O Grupo Inpasa anunciou nesta semana, entretanto, o investimento de R$ 100 milhões na aquisição de duas locomotivas e 50 vagões. O grupo é responsável pela produção de 10% do mercado brasileiro do etanol de milho, com duas plantas em Mato Grosso e uma em Mato Grosso do Sul.

Com o investimento, o grupo dobra a capacidade de movimentação de etanol por trilhos, que passa a ser de um bilhão de litros por ano.

A produção do biocombustível da empresa tem como destino 23 estados brasileiros e outros quatro continentes por diferentes modais logísticos. Com a aquisição de vagões próprios a expectativa é reduzir em até 60% as emissões de CO2.

“Estamos substituindo mais 17 mil viagens ao ano de caminhões pelo modal ferroviário. O que, aliás, nos permite uma redução de até 60% nas emissões de carbono, apenas na área logística no transporte nosso. É uma forma da gente trazer cada vez mais o etanol de milho no sistema sustentável. Ampliando ainda mais a colaboração que nós temos com o meio ambiente como um todo”, comenta o diretor comercial do Grupo Inpasa, Gustavo Mariano Oliveira.

Sustentabilidade em 1,2 mil quilômetros

Os vagões e locomotivas serão operados pela Rumo (empresa operadora de ferrovias) pelo prazo de dez anos. Durante o período de locação da Inpasa, e após esse período a concessionária terá um ativo para uso por 30 anos.

Eles devem trafegar entre os trechos de Rondonópolis (MT) e Paulínia (SP), percorrendo aproximadamente 1,2 mil quilômetros, até chegar em São Paulo. “Essa é a principal rota de escoamento de grãos. Você tem ali origem em Rondonópolis e destino em Santos. Onde a gente capta grãos praticamente de todo o estado e faz ele chegar no futuro até na China, Europa, em diversos países. Ou seja, a malha ferroviária que tem origem em Rondonópolis e destino a Santos. E também destino à Paulínia levando combustíveis, principalmente o etanol de milho. Sendo assim, é uma rota super importante na logística de Mato Grosso. Além disso, super competitiva para o país e ajuda todo o desenvolvimento do agronegócio com certeza”, diz Fábio Henkes, diretor comercial da Rumo.