Secretário de Estado diz esperar que as nações do Conselho de Segurança da ONU aprovem o cessar-fogo; país vetou resoluções anteriores
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse que o país apresentou no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) uma resolução pedindo cessar-fogo imediato na Faixa de Gaza. Segundo ele, a solicitação está ligada à libertação de reféns que estão sob o poder do Hamas.
“Esperamos sinceramente que os países apoiem isso. Penso que isso enviaria uma mensagem forte, um sinal forte. Mas, claro, apoiamos Israel e o seu direito de se defender”, disse Blinken em entrevista na Arábia Saudita, conforme transcrição liberada pelo governo norte-americano.
Os EUA apoiam Israel e já vetaram resoluções apresentadas no Conselho de Segurança da ONU que pediam o cessar-fogo na Faixa de Gaza. Entre elas, uma do Brasil.
O país, entretanto, vem mudando o discurso diante da escalada do conflito e da decisão de Israel de atacar Rafah, cidade no sul da Faixa de Gaza que se tornou abrigo para palestinos que fugiram da guerra. Em 15 de março, Israel anunciou ter aprovado o plano para ingressar em Rafah.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse em 9 de março que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, está “prejudicando mais do que ajudando” o seu país com sua posição em relação à Faixa de Gaza. Porém, negou cortar a ajuda militar ao país.
Biden e Netanyahu conversaram por telefone
O último contato entre Biden e Netanyahu ocorreu em 15 de fevereiro. Segundo a Casa Branca, Biden disse que o Hamas deve ser derrotado na Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, deve proteger a população civil e facilitar a “prestação segura e sem entraves de assistência” em toda a região.
O presidente norte-americano afirmou que os 2 países concordaram que seus representantes se reúnam, “em breve”, em Washington D.C. (EUA) para “trocar pontos de vista e discutir abordagens alternativas que visassem elementos-chave do Hamas e protegessem a fronteira Egito-Gaza sem uma grande operação terrestre em Rafah”.
Na entrevista de quarta-feira (20), Blinken disse que um cessar-fogo com a libertação de reféns “é a urgência neste momento”. Ele afirmou “imperativo que os civis que estão em perigo e que sofrem tão terrivelmente” sejam protegidos e recebam assistência humanitária.