Você está visualizando atualmente Exportações de carne suína fecham semestre em recuo superior a 54%
As exportações de carne suína de Mato Grosso foram adquiridas em menor volume por clientes estrangeiros

Exportações de carne suína fecham semestre em recuo superior a 54%

China e Hong Kong diminuíram aquisições nas exportações da carne suína mato-grossense, o que explica a queda

Balanço da Secretaria de Comércio Exterior do governo Federal (Secex) aponta que as exportações mato-grossenses de carne suína totalizaram 2,12 mil toneladas mês passado. O volume é 37,19% superior ao embarcado em maio para clientes em diversos países.

No entanto, na comparação anual entre o primeiro semestre desse ano ante igual intervalo de 2021, há retração sobre os volumes em 54,6%. Conforme a Secex, de janeiro a junho deste ano, Mato Grosso exportou 7,37 mil toneladas.

A grande redução no volume de negócios, por parte de compradores da China e Hong Kong, justificam esse patamar considerável. Sendo que diminuíram as aquisições em 9,03 mil toneladas e 2,45 mil toneladas neste ano, ante ao primeiro semestre, respectivamente.

De acordo com as diárias de mercado divulgadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), os embarques brasileiros de carne suína in natura somaram 83,5 mil toneladas em junho. 4,7% a mais que em maio, porém, 14,6% inferior ao volume exportado de junho/21, segundo dados da Secex.

A receita com as vendas externas, por sua vez, totalizou US$ 202,9 milhões, avanço de 6,3% frente ao mês anterior.

Em moeda nacional, o montante recebido por exportadores em junho cresceu expressivos 8,7% no comparativo mensal. Atingindo o melhor resultado desde outubro/21, ainda de acordo com dados da Secex. Além do incremento no valor médio pago pela tonelada do produto, a valorização da moeda norte-americana frente ao real reforçou o aumento da receita em reais.

Pesquisadores do Cepea indicam que, mesmo com o bom desempenho das exportações, os preços do animal vivo no mercado brasileiro independente apresentaram variações distintas dentre as praças acompanhadas pelo Cepea. Regiões do Paraná e de Santa Catarina tiveram tendência de baixa nos valores, mas, no Sudeste, houve sustentação.