Na exposição multimídia são também mostradas a diversidade, a beleza e a resistência das mulheres ciganas que vivem em Mato Grosso
Esta é a primeira exposição no país a ter mulheres ciganas apresentando em Mato Grosso o universo das mulheres ciganas do tronco étnico calon. A Exposição Multimídia Calin está disponível para acesso na internet pelo link https://galeriacalin.com.
A mostra online integra o projeto “Diva e as Calins de Mato Grosso: Ontem, Hoje e Amanhã”, que recebeu aprovação no edital “Conexão Mestres da Cultura“, da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel-MT).
A Associação Estadual das Etnias Ciganas de Mato Grosso (AEEC-MT) que está realizando a exposição. O projeto homenageia a raizeira e benzedeira cigana, Maria Divina Cabral, a Diva, como Mestra da cultura mato-grossense.
Na exposição multimídia são também mostradas a diversidade, a beleza e a resistência das mulheres ciganas que vivem em Mato Grosso. Assim como, nas comunidades romanis de três municípios: Rondonópolis, Cuiabá e Tangará da Serra.
“O material exposto é resultado de um encontro sutil e delicado entre nossa equipe e o modo como nos vemos e nos mostramos e, principalmente, queremos ser vistas. Assim, brindamos o público com novas autorrepresentações do universo romani, especialmente, do tronco étnico Calon. Esperamos que a plataforma se transforme numa referência nacional, quiçá internacional”, comemora a presidente da AEEC-MT e coordenadora do projeto, Fernanda Alves Caiado.
A Exposição Multimídia Calin
Assim, como o projeto do qual faz parte, a exposição leva o título ‘Calin’, que é o modo como as mulheres do tronco étnico Calon se autodenominam. De acordo com o diretor de arte e curador da exposição, Rodrigo Zaiden, o nome também é uma forma de registrar, promover e valorizar os saberes ancestrais das mulheres ciganas em Mato Grosso.
“A escolha por este nome sintetiza a desconstrução da palavra cigana, na busca por uma produção em artes visuais dialógica. Que de fato represente as Calins a partir de suas percepções e modos de ver e viver a vida, enquanto ciganas, trabalhadoras, ativistas, estudantes. Esse é um trabalho muito importante para a quebra de preconceitos e estereótipos que historicamente estiveram associados às ciganas. Mas que são equivocados e racistas” conclui o diretor de arte.
Fonte: Governo de MT
