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Fundada em 2001, a Faindi foi a primeira faculdade indígena da América Latina e já formou 554 profissionais

Faculdade Indígena apresenta demandas à câmara setorial na ALMT

Fundada em 2001, a Faindi foi a primeira faculdade indígena da América Latina e já formou 554 profissionais

Representantes da Faculdade Intercultural Indígena, vinculada à Unemat, apresentaram as principais demandas da unidade com relação a recursos e infraestrutura para garantir a continuidade dos cursos.

Assim, a educação superior foi pauta da 1ª reunião de trabalho da CST das Causas Indígenas, realizada na sede da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT).

Fundada em 2001, a Faindi foi a primeira faculdade indígena da América Latina e já formou 554 profissionais, sendo a grande maioria para atuar na escolas indígenas dos mais de 40 povos presentes no Estado de Mato Grosso. Agora, além dos cursos de licenciatura, a faculdade terá a primeira turma de enfermagem intercultural, que teve o edital de vestibular publicado nesta segunda-feira.

De acordo com Mônica da Cruz, a principal demanda é com relação ao orçamento que, além de estar abaixo do necessário, limitado ao tempo de cada curso.

O deputado Carlos Avallone, presidente da CST, destacou a importância da Faindi para o processo de educação dos povos indígenas. Até como ferramenta para superar as dificuldades que enfrentam nas áreas da saúde, econômicas e sociais.

Avallone afirmou que a CST vai dar início a conversas com representantes da UFMT, que é uma demanda da população indígena. E também fará uma visita ao município de Gaúcha do Norte para avaliar as demandas dos povos indígenas da região.

Curso de mestrado na Faindi

Mas Gilmar Koloimazoé, do povo indígena Paresi, afirmou que a população indígena tem pouco acesso à educação superior. Uma vez que as vagas destinadas à população indígena, mas nem sempre dão condições para se frequente o curso.

O grande diferencial da Faindi é justamente o sistema pedagógico de alternância. Assim, permite que os alunos fiquem a maior parte do ano em suas comunidades, realizando os trabalhos de campo, estágios supervisionados. As aulas presenciais ministradas apenas duas vezes ao ano, quando os estudantes passam 30 dias no campus universitário, com aulas nos três períodos.

Além dos cursos de formação superior, a Faindi também disponibiliza um curso de mestrado.