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Ana Rúbia, de Diego Baraldi e Íris Alves Lacerda, recebeu o prêmio do júri técnico na mostra Festival Visões Periféricas

Festival Visões Periféricas premia curta gravado em Rondonópolis

O documentário premiado no Festival Visões Periféricas, mostra um pouco do cotidiano da personagem-título, pessoa trans que reside em Rondonópolis

O curta documentário mato-grossense “Ana Rúbia”, foi premiado pelo júri técnico do 16º Festival Visões Periféricas que aconteceu entre 2 e 8 de março, no Rio de Janeiro.

A princípio, o documentário premiado mostra um pouco do cotidiano da personagem-título, pessoa trans que reside em Rondonópolis . No entanto, o curta Ana Rúbia, é observada em algumas de suas interações sociais, atravessamentos religiosos, de amizade e profissionais. O curta também acompanha o lançamento do livro de Ana Rúbia, Memórias escolares de travestis: narrativas de um ‘não lugar’.

“O curta é essa experiência de poder me ver na tela e, mais do que isso, de ver a potência que a vida das pessoas em dissidência de gênero significa em uma sociedade que tenta homogeneizar e estigmatizar as pessoas”, afirmou a personagem-título na cerimônia de premiação do Festival, na Sala 3 do Cine Estação NET Botafogo.

Portanto, o documentário resulta de um projeto contemplado no edital Nascentes, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel/MT), com recursos da lei Aldir Blanc.

A produção executiva do projeto é da produtora cultural Dê Silva, mulher trans de Rondonópolis. A premissa e estrutura inicial do projeto são desenvolvidas pela protagonista do curta e pelo realizador Diego Baraldi.

No processo de pré-produção do documentário, juntou-se ao projeto a realizadora Íris Alves Lacerda. Nas gravações, participaram Ayrton Amaral, Jadielson Morais/Jedai, Daniel Dias, Renan Souza. Compartilham cenas com Ana Rúbia, outras personagens, como Jully Andrews e Dê Silva.

Outros curtas de Mato Grosso tiveram destaque na programação do Festival

A ficção “Fábrica de palavras” (2022, 21’), de Ronaldo Adriano, também participou da Mostra Competitiva Fronteiras Imaginárias. Enquanto que a ficção “A velhice ilumina o vento” (MT, 2022, 20’), de Juliana Segóvia, participou junto o documentário “Hermanos, aqui estamos” (MT, 2021, 24’), de Jade Rainho, da programação on-line do Festival, com difusão através da Plataforma Itaú Cultural Play.

Desse modo, o Festival homenageou o cineasta mato-grossense Takumã Kuikuro e a Kaitsu Filmes Produções/Coletivo Kuikuro. Como parte das homenagens, exibiram cinco filmes de Takumã Kuikuro na Sala 3 do Cine Estação NET Botafogo: “Nguné Elü: o dia em que a lua menstruou” (Takumã Kuikuro & Maricá Kuikuro, MT, 2004, 28’). Assim também, “Kagaiha Atipügü – pele de branco” (Takumã Kuikuro e Marrayury Kuikuro, MT, 2012, 25’). “Ete London – Londres como uma aldeia” (Takumã Kuikuro, Londres/MT, 2015, 20’), “Território Pequi” (Takumã Kuikuro, MT, 2021, 22’). Por fim, o longa “As hiper-mulheres” (Takumã Kuikuro, Leonardo Sette & Fausto Carlos, MT, 2011, 80’).