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O fim da emergência da pandemia flexibilizaria ainda mais as medidas de proteção ao vírus da covid-19

Conselhos de Saúde questionam fim da emergência da pandemia

Anúncio do fim da emergência da pandemia incomoda conselhos nacionais relacionados a saúde pública

O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional  de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) enviaram ofício ao Ministério da Saúde nesta terça-feira (19) questionando o anúncio de que a pasta irá publicar norma para decretar o fim do estado de emergência de saúde pública de importância nacional em decorrência da pandemia da covid-19.

As entidades manifestam preocupação com o “fim abrupto” da emergência. Segundo elas, há um conjunto de leis, regras e políticas públicas vinculadas a essa situação que afetam estados e municípios.

Ao mesmo tempo, outro impacto negativo mencionado pelas entidades é o fato de haver leis e decretos estaduais e municipais baseados nessa condição; que assim teriam de ser ajustados e atualizados. Os conselhos destacam que o enfrentamento da pandemia envolveu ampliação de políticas, celebração de contratos com fornecedores e contratação de profissionais.

“É imperativa a readequação dos serviços e o remanejamento dos profissionais; além disso, da adequação de contratos já celebrados e que estão em andamento, o que demandará considerável esforço dos municípios e dos estados; o que portanto não poderá ser concluído em curto espaço de tempo”, ressalta o ofício.

Entidades querem políticas de transição

As entidades lembram que a pandemia não acabou, razão pela qual a manutenção de políticas para combater a circulação do vírus; para ampliar a vacinação e para mitigar novas infecções ainda se fazem necessárias.

“Sob o risco de desassistência à população, solicitamos ao Ministério da Saúde que a revogação da Portaria MS/GM nº 188, de 03 de fevereiro de 2020; estabeleça então prazo de 90 (noventa) dias para sua vigência e que seja acompanhada de medidas de transição pactuadas; focadas na mobilização pela vacinação e na elaboração de um plano de retomada capaz de definir indicadores e estratégias de controle com vigilância integrada das síndromes respiratórias”; defendem portanto o Conass e o Conasems.

Em nota à Agência Brasil, o Ministério da Saúde afirmou que “mantém permanente diálogo com estados e municípios e reforça que nenhuma política pública vai parar com a medida”. A pasta acrescenta que entende que “o cenário epidemiológico permite o encerramento da Espin [Emergência de Saúde Pública de Interesse Nacional], além da alta cobertura vacinal e por fim a capacidade de resposta e assistência do Sistema Único de Saúde (SUS)”.

Fonte: Agência Brasil