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O acordo dos mercados para o agro foi assinado nesta semana e permitirá exportar embriões bovinos à Rússia - Foto: Secom-MT

Com foco em Ásia e África, Brasil abre 200 mercados para o agro

Esses mercados estão distribuídos por 60 países ao redor do mundo

O Ministério da Agricultura e Pecuária alcançou, nesta semana, a abertura de 200 novos mercados para exportação desde 2023. Esses mercados estão distribuídos por 60 países ao redor do mundo. O ducentésimo acordo firmado com a Rússia, garante assim, a exportação de embriões de bovinos para o país.

A abertura de um mercado refere-se ao processo pelo qual um país ou bloco econômico permite o acesso de produtos de outro país ao seu mercado interno. Portanto, esse processo envolve a superação de barreiras comerciais, como requisitos sanitários e a negociação de acordos bilaterais ou multilaterais para permitir essa entrada.

De acordo com Perosa, secretário de Comércio e Relações Internacionais do ministério, o foco “principal” do governo é alcançar novos mercados na Ásia e na África.

A abertura de novos mercados é frequentemente um processo desafiador, que exige anos de negociações. O ministro em exercício ressaltou a importância da recente conquista do mercado de carne bovina no México, antes dominado pelos Estados Unidos.

A expectativa do ministério é alcançar a marca de US$ 14 bilhões em exportações de carne em 2024. Conforme Perosa, as vendas para o México devem contribuir significativamente para atingir essa meta.

O secretário também destacou a relevância dos mercados de algodão, no Egito, e de carnes bovinas, em Singapura.

Recentemente, o Brasil conseguiu autorização para vender óleo de cozinha usado (matéria-prima para biocombustíveis) aos Estados Unidos, camarões à Austrália, hemoderivados de bovinos e suínos ao Peru.

Algumas negociações seguem em andamento, com a expectativa de novos anúncios nos próximos dias. A previsão do governo é de que o número de mercados abertos chegará a 300 até 2026.

Imprevisibilidade climática

Com as mudanças climáticas se tornando cada vez mais evidentes, a imprevisibilidade de desastres naturais pode influenciar a decisão final dos compradores. Segundo Perosa, o governo acompanha com “preocupação” a crescente ameaça de eventos climáticos extremos.