Estudo aponta que fósseis, inclusive de dinossauros, podem preservar materiais orgânicos originais, o que contraria a visão aceita até então
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo trabalho, esta descoberta abre novas possibilidades para o estudo da vida pré-histórica. Além disso, pode ajudar a revelar detalhes ainda desconhecidos sobre espécies extintas há milhões de anos, como os dinossauros.
Importância da descoberta para o estudo do passado
- O período Mesozoico foi uma era geológica que ocorreu entre 252 e 66 milhões de anos atrás.
- Ele também é conhecido como a “Era dos Dinossauros” e marcado pelo surgimento e extinção desses impressionantes animais.
- Segundo os cientistas, ossos e dentes destas criaturas antigas podem estar preservados até hoje.
- Ainda de acordo com eles, isso pode ajudar a compreender melhor as conexões entre espécies extintas e os mecanismos que permitiram a preservação dessas proteínas por milhões de anos.
- As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Analytical Chemistry.
Descobertas feitas durante análise de fósseis preservados
Utilizando espectrometria de massa avançada e outras técnicas, os cientistas identificaram fragmentos de colágeno no osso do quadril de um Edmontosaurus, um dinossauro herbívoro de bico de pato. O estudo analisou um fóssil de 22 quilos, proveniente da Formação Hell Creek, em Dakota do Sul, nos Estados Unidos.
A escolha deste exemplar, que faz parte da coleção da universidade, teve razões científicas. Ou seja, o fóssil está excepcionalmente bem preservado, oferecendo uma oportunidade única para a realização das análises pela equipe.
Segundo os pesquisadores, a descoberta da presença de biomoléculas orgânicas, como proteínas do tipo colágeno, contraria a ideia de que a presença de matéria orgânica em fósseis seria apenas resultado de contaminação. Isso significa que fósseis antigos podem conter vestígios preservados que revelem novas informações sobre a evolução dos dinossauros.