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O sistema de enzimas patenteado da Rubi Laboratories consegue captar emissões de gás carbônico para transformar em celulose

Startup transforma gás carbônico em fios para roupas, veja como!

O sistema de enzimas patenteado da Rubi Laboratories consegue captar emissões de gás carbônico para transformar em celulose

A startup Rubi Laboratories quer mudar a realidade da indústria têxtil, responsável pelo alto volume de emissão de gás carbônico com sua nova tecnologia. Dessa maneira, seu sistema de enzimas capta emissões de carbono para transformar em celulose, material usado na produção de tecidos.

  • A empresa garante que seu processo é negativo em carbono, neutro em água e biodegradável;
  • No ano passado a empresa levantou US$ 4,5 milhões em financiamento inicial das empresas Talis Capital, Necessary Ventures e uma série de outras empresas e investidores anjos, por exemplo;
  • A Rubi Laboratories também recebeu um investimento de US$250.000 da Fundação Nacional de Ciência, uma agência governamental dos Estados Unidos.

Como funciona o sistema de enzimas

Em entrevista à Fast Company, Neeka Mashouf, cofundadora e CEO da startup, explica que o processo da empresa semelhante ao que é feito pelas árvores.

“As árvores respiram CO2 e usam enzimas – proteínas que ajudam as reações a acontecer – para converter o CO₂ em fortes polímeros de carbono no tronco e nas folhas chamados celulose”, disse Neeka Mashouf, cofundadora e CEO da Rubi Laboratories.

A empresa imita esse processo em sua fábrica criando polímeros de celulose transformados em fios que podem ser aproveitados para produzir liocell. Ou seja, tecido feito pela dissolução de madeira ou bambu, viscose e rayon, fibras geralmente feitas de celulose.

“Fazemos o mesmo liocell de alta qualidade sem os métodos de fabricação intensivos em carbono, água e terra baseados no desmatamento e no processamento significativo com uso intensivo de energia”, acrescentou Neek.

A empresa afirma que seu sistema de enzimas patenteado consegue capturar e converter CO₂ de entradas de gás de qualquer concentração. Aliás, inclusive na captação direta de ar. Conforme explica outra cofundadora da Rubi, Leila Mashouf, faz mais sentido capturar CO₂ de fontes relacionadas à produção textil.

Em breve, a startup planeja trabalhar com fábricas para captar e converter as emissões produzidas no local. A Ganni, marca de roupas sediada em Copenhage, será a primeira a testar então os fios produzidos pela Rubi para fazer roupas.