As propostas de reforma da Balsa do Rio Xingu devem ser entregues até o dia 18 de outubro.
A Marinha do Brasil apreendeu as balsas do Rio Xingu em abril de 2021 devido a decisão judicial por falta de segurança. Sendo assim, as intervenções que o edital da licitação propôs visam confirmar a habilidade de operação dos barcos por meio da manutenção corretiva.
A licitação a ser realizada tem valor estimado em R$ 1,273 milhão. Seja como for, a abertura das propostas acontece no dia 19 de outubro de 2021 às 14h, na sala de reunião da Sinfra.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra) abriu licitação para contratação de empresa que ficará responsável pela reforma. Assim como os devidos reparos estruturais da balsa Estradeiro I e do rebocador Estradeiro II, que fazem a travessia de veículos e mercadorias pelo Rio Xingu, na rodovia MT-322.
As empresas devem apresentar suas propostas levando em consideração os custos de materiais e mão de obra.
A execução dos serviços é uma demanda extremamente importante, já que a balsa é a única alternativa no Rio Xingu. Sendo assim, a balsa é fundamental para o escoamento da produção da região e para entrada de produtos manufaturados. Ao contrário das rotas alternativas de desvio que iriam demandar centenas de quilômetros. Além disso, a execução dos serviços é de grande relevância econômica para as etnias indígenas locais, que administram os veículos.
Importância do Rio Xingu
O Rio Xingu começa no Mato Grosso e se transforma em afluente pela margem do rio Amazonas no estado do Pará. Da mesma forma, esse rio é responsável pela união entre as serras do Roncador e Formosa. Ele se alimenta de três rios principais pelo oeste, o rio Ferro (400 quilômetros), pelo sul, o rio Batovi (330 quilômetros); e pelo leste, o rio Culuene.
O rio também abriga o Parque Indígena do Xingu, o primeiro parque indígena do Brasil. É a principal fonte de água e alimentos para uma população de cerca de 5.500 indígenas de quatorze etnias diferentes pertencentes às quatro grandes famílias linguísticas indígenas do Brasil: caribe, aruaque, tupi e macro-jê.