A ideia é aproveitar obras das quais o governo federal já têm direito, mas também incluir produções cinematográficas da atualidade no serviço streaming público
Parte do acervo virá de um edital lançado no ano passado para selecionar curtas e longas-metragens. Segundo o governo federal, recebidas cerca de 1,6 mil inscrições e o resultado divulgado em breve.
Regulação das plataformas digitais em jogo
O governo federal também quer acelerar a regulação das plataformas digitais sob demanda. O objetivo é garantir que plataformas como Netflix, Amazon Prime Video, Disney + e HBO Max disponibilizem um percentual mínimo de produções nacionais no catálogo.
Além disso, há um debate para estabelecer diretrizes comerciais de ganhos econômicos da exploração de um produto audiovisual entre a produtora e a plataforma. Para os especialistas, as indicações de “Ainda Estou Aqui” no Oscar 2025 favorecem a discussão.
“São direitos que já vêm sendo assegurados ao longo do histórico das nossas políticas públicas. Se estendemos isso para as plataformas, nós estaremos defendendo a nossa produção independente. Estaremos defendendo a soberania”, avaliou Joelma Gonzaga, secretária nacional do audiovisual.
“Nenhum dos países considerados grandes potências da indústria do audiovisual chegou a esse lugar sem defender a sua produção nacional. França, Coreia do Sul, o próprio Estados Unidos, enfim, todos têm mecanismo de defesa de proteção da sua propriedade intelectual”, concluiu.
Fonte: agênciabrasil