Setor privado se mobiliza e reforça diálogo com a China objetivo de evitar restrições às exportações
O governo brasileiro montou uma força-tarefa para preparar uma manifestação formal ao Ministério do Comércio da China, após o país abrir uma investigação que, no limite, pode afetar a exportação de carne brasileira para os chineses.
A China anunciou a abertura de uma investigação sobre todas as exportações do produto para o país no período que compreende o ano de 2019 até o primeiro semestre de 2024. A expectativa é de que esse processo dure oito meses.
Em razão disso, o Ministério da Agricultura, junto com o Itamaraty e o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, começou a discutir a elaboração do documento, que deverá ser protocolado no âmbito da investigação aberta pelos chineses.
Prazo para apresentar o parecer é de vinte dias, contados a partir do dia 30
A ideia central, no entanto, é demonstrar que as exportações brasileiras não causaram nenhum prejuízo à indústria local chinesa. A China é o principal comprador de carne brasileira, e o receio é que a investigação resulte na imposição de restrições à transação. Atualmente, a tarifa é de 12%.
O setor privado participa das conversas com o governo. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) divulgou uma nota. Ela informa que “acompanha com atenção a investigação anunciada pelo Ministério do Comércio da China sobre as importações de carne bovina”. Assim, reforçando “diálogo construtivo e o fortalecimento dos laços de confiança com a China, contribuindo para soluções que atendam aos interesses de ambas as nações”.