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Grécia estava preocupada de que a tomada do Talibã no Afeganistão poderia causar um fluxo de pessoas em busca de asilo

Grécia constrói muro de 40 km para barrar entrada de afegãos

Grécia tem assumido uma postura linha-dura para permitir que mais migrantes passem por suas fronteiras

Grécia construiu um muro de 40 quilômetros ao longo de sua fronteira com a Turquia. Estava preocupada de que a tomada do Talibã no Afeganistão poderia causar um fluxo de pessoas em busca de asilo.

Os ministros do governo grego, nesse sentido, percorreram a cerca na sexta-feira (20) e disseram que a derrubada do governo do Afeganistão deu maior urgência aos esforços para reduzir o fluxo de migrantes através de suas fronteiras.

O país estava no centro da crise migratória da Europa em meados da década de 2010. Dessa forma, milhões de refugiados da Síria, Afeganistão e Iraque viajaram para o continente. Desde então, a Grécia tem assumido uma postura linha-dura. Inclusive, rejeitando os apelos da Turquia e de organizações internacionais para permitir que mais migrantes passem por suas fronteiras.

“A crise afegã está criando novos fatos na esfera geopolítica. E, ao mesmo tempo, criando possibilidades para fluxos de migrantes”, disse o ministro da Proteção ao Cidadão da Grécia, Michalis Chrisochoidis. Em um comunicado do governo após visitar o muro de fronteira concluído na sexta-feira, reiterou: “Como país, não podemos permanecer passivos às possíveis consequências.”

Postura sem remorso

O presidente turco Recep Tayyip Erdogan falou com o primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis sobre o Afeganistão na sexta-feira (20), disse o governo turco. Em entrevista à televisão no dia anterior, ele exortou a União Europeia à ajudar os refugiados do país. “Se um período de transição não puder ser estabelecido no Afeganistão, a pressão sobre a migração, que já atingiu níveis elevados, aumentará ainda mais e esta situação representará um sério desafio para todos”, disse Erdogan.

A postura sem remorso do presidente dos EUA, Joe Biden, que enfrenta críticas pela remoção caótica de tropas dos Estados Unidos no Afeganistão, desanima os líderes europeus que agora se preparam para uma possível emergência de refugiados.