Mediadores do Catar e do Egito compartilharam documento com o grupo palestino Hamas
Uma proposta de paz patrocinada pelos Estados Unidos para a Faixa de Gaza estava dependendo da resposta do Hamas ao plano de 20 pontos que o presidente Donald Trump disse estar “muito perto” de encerrar o conflito de dois anos no enclave.
Os mediadores do Catar e do Egito compartilharam o documento com o Hamas no final dessa segunda-feira (29), depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, esteve ao lado de Trump na Casa Branca e prometeu seu apoio à proposta, pois, segundo ele, ela atende aos objetivos de guerra de Israel.
Não ficou claro o que havia dissipado as dúvidas anteriores de Netanyahu sobre elementos da proposta.
O Hamas não participou das rodadas de negociações que antecederam o plano de Trump, que pede que o grupo militante islâmico se desarme, uma exigência que ele já havia rejeitado anteriormente.
“Os negociadores do Hamas disseram que analisariam o plano de boa fé e dariam uma resposta”, afirmou uma autoridade.
Trump advertiu o Hamas que, se rejeitar o que ele ofereceu, Israel terá total apoio dos EUA para tomar as medidas que julgar necessárias
Nesta terça, o Hamas ainda não havia respondido oficialmente à proposta de Trump. Não ficou imediatamente claro o que havia de novo nela, além do amplo apoio à iniciativa expresso por países árabes e muçulmanos.
Muitos elementos dos 20 pontos foram incluídos em vários acordos de cessar-fogo propostos nos últimos dois anos. Incluindo aqueles aceitos e posteriormente rejeitados em vários estágios por Israel e pelo Hamas.
Declaração conjunta de diversos países
Uma fonte próxima ao Hamas disse à Reuters que o plano é “totalmente favorável a Israel”. Assim, impõe “condições impossíveis” que visam eliminar o grupo.
Não ficou claro como o Hamas formularia sua resposta. Já que uma rejeição absoluta pode colocá-lo em colisão com um grupo de países árabes e muçulmanos que saudaram o plano.
Os ministros das Relações Exteriores de Catar, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Turquia, Arábia Saudita e Egito emitiram uma declaração conjunta. Desse modo, saudaram a proposta de Trump, ressaltando o que eles disseram ser os “esforços sinceros do presidente para acabar com a guerra em Gaza”.