Grupo Hamas rejeitou (13), o ultimato de 24 horas dado pelo exército israelense para que os civis se retirassem do norte da Faixa de Gaza
A ordem de Israel implica no deslocamento de metade dos 2,3 milhões de pessoas que moram em Gaza, mas o grupo Hamas negou.
A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na sigla em inglês), que criticou a ordem israelense, anunciou que se retirou para o sul da Faixa de Gaza.
Ofensiva terrestre
Israel tem concentrado forças junto à Faixa de Gaza numa indicação de uma possível ofensiva terrestre. Logo após ter bombardeado o território controlado pelo grupo Hamas nos últimos dias.
A escalada no conflito se desencadeou pela incursão sem precedentes do Hamas em Israel, no sábado (7). Desse modo, matou civis e militares e fazendo mais de uma centena de reféns levados para a Faixa de Gaza.
Desde então, o conflito provocou mais de 1,3 mil mortos do lado israelense e mais de 1,5 mil do lado palestino. Os bombardeios de Israel afetaram também a vida de mais de 423 mil pessoas na Faixa de Gaza.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, comparou os deslocamentos em massa que ocorrem na Faixa de Gaza ao êxodo de 1948. Na ocasião, 760 mil palestinos fugiram ou foram expulsos de suas casas após a criação do Estado de Israel.
Abbas “opõe-se totalmente” à saída de palestinos da Faixa de Gaza, como foi ordenado pelo exército de Israel, considerando que isso “equivaleria a uma segunda Nakba [que significa “catástrofe” em árabe] para o nosso povo”.
Hezbollah faz ameaça
O grupo libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, disse que está “pronto” e que “contribuirá” para o conflito contra Israel. Apesar de vários países terem apelado para não entre na guerra. “Quando chegar a hora de atuarmos, assim o faremos”, disse um dos representantes do Hezbollah, Naim Qassem.
Fonte: Agência Brasil