Brasileiro acerta um cruzado no terceiro round e traz mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Hebert Conceição faturou na madrugada deste sábado a medalha de ouro na categoria até 75 kg do boxe nos Jogos Olímpicos de Tóquio. O último desafio foi o ucraniano Oleksandr Khyzhniak, campeão mundial em 2017 e bicampeão europeu em 2017 e 2019. Ele foi nocauteado pelo brasileiro, que estava com a luta praticamente perdida.
“Difícil falar a sensação, é incrível, uma emoção muito grande, senti a energia de todo mundo que estava torcendo. Pensei durante os rounds que tinha muita gente mandando energia por esse nocaute. Eu acreditei que eu podia e que bom que aconteceu, eu fui premiado e a gente merece. Eu não sou nocauteador, sou mais estiloso. Mas também tem que treinar golpes encaixados para em situações como essa ter outras armas e outros planos para poder executar na hora. Acreditei até o fim e o nocaute veio”, contou Hebert Conceição, todo empolgado.
Só o nocaute salvaria Hebert Conceição
O brasileiro foi dominado nos dois primeiros rounds por Oleksandr Khyzhniak, dessa forma, tomava a iniciativa do combate e dava poucas oportunidades para o adversário golpear.
O ucraniano venceu por unanimidade os dois assaltos na opinião dos cinco juízes. No terceiro período, só o nocaute salvaria Hebert Conceição. E foi o que ele conseguiu! O pugilista baiano acertou um cruzado de esquerda fortíssimo no adversário, que desmoronou! Uma vitória incrível e heroica!!!!
“O atleta que eu enfrentei tem um jogo difícil de trabalhar, é um cara muito forte, intenso, é espetacular a forma física com que ele sempre se apresenta nas lutas. Além disso, ele é um lutador incrível, respeito muito. Mas eu sabia da minha capacidade também”, declarou.
Entusiasmado, acrescentou: “Treinei muito, levei muito a sério todo trabalho que foi passado durante o ciclo, durante toda minha iniciativa desde que comecei no boxe. Eu tinha perdido dois rounds, tinha mais um, apesar de a pontuação ser adversa eu sabia que em 3 minutos dava para reverter com um nocaute. Se vocês perceberam no começo do round eu já fui para uma luta franca e falei, se tomar nocaute aqui não interessa, estou perdido, agora eu vou buscar o meu. E sabia que na trocação era loteria. Consegui conectar um bom cruzado, que eu treino muito também quando estou simulando situações de trocação. Essa medalha de ouro é para o Brasil.”
Ft: olimpiadatododia