Líder do grupo armado Hezbollah criticou o aumento no número de não-combatentes mortos no Líbano nos últimos dias
O Hezbollah atingirá novos alvos israelenses se Israel continuar alvejando civis no Líbano, disse o líder do grupo, Sayyed Hassan Nasrallah. Nesta quarta-feira (17), observaram um aumento no número de não-combatentes mortos no Líbano nos últimos dias.
Cinco civis, todos sírios, incluindo três crianças, mortos em ataques israelenses no Líbano na terça-feira e pelo menos três civis libaneses no dia anterior. De acordo com a mídia estatal e fontes de segurança.
Israel afirmou que está atacando os militantes e a infraestrutura do Hezbollah no Líbano e que não tem como alvo os civis. “Continuar a alvejar civis forçará a Resistência a lançar mísseis em assentamentos que não eram alvos anteriores”, disse Nasrallah. Isso ocorreu em comentários feitos durante um discurso televisionado para marcar o dia sagrado xiita Ashoura.
O Hezbollah, grupo militante apoiado pelo Irã e força militar e política mais poderosa do Líbano, refere-se a todos os centros populacionais israelenses como assentamentos e não reconhece Israel.
Israel e o Hezbollah têm trocado disparos desde que o Hezbollah anunciou uma “frente de apoio” com os palestinos. Logo após seu aliado Hamas ter atacado comunidades do sul da fronteira israelense em 7 de outubro, desencadeando a ofensiva militar de Israel em Gaza.
Combates mataram mais de 100 civis e mais de 300 combatentes do Hezbollah
Grupos alinhados ao Irã na região, incluindo facções armadas xiitas na Síria e no Iraque e os Houthis do Iêmen, também têm disparado contra Israel desde pouco depois de 7 de outubro.
No Líbano, os combates mataram mais de 100 civis e mais de 300 combatentes do Hezbollah, de acordo com uma contagem da Reuters, e levaram cidades e vilarejos da fronteira libanesa a níveis de destruição nunca vistos desde a guerra entre Israel e Líbano em 2006.
Nasrallah prometeu que as casas total ou parcialmente destruídas seriam reconstruídas “mais bonitas do que eram antes”.
Ele também minimizou a capacidade de Israel de travar uma guerra em grande escala no Líbano, dizendo que sua capacidade militar havia degradada em Gaza. Assim, afirmou que todos os tanques do Exército israelense seriam destruídos caso entrassem no Líbano.