O algoritmo, desenvolvido pela UFPB em parceria com a USP, promete revolucionar o diagnóstico e a triagem de pacientes com percepção de insuficiência cardíaca
Um algoritmo de inteligência artificial (IA) capaz de diagnosticar insuficiência cardíaca por meio da voz, esse é o conceito do “Marcador de Vozes”, desenvolvido pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP) e o Instituto do Coração (Incor/USP).
Em seguida, confira mais detalhes:
- Inovação em diagnóstico cardíaco. Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em colaboração com a USP e o Incor/USP, desenvolveu o “Marcador de Vozes”, um algoritmo de IA que diagnostica insuficiência cardíaca por meio da análise de padrões de voz;
- Tecnologia e eficiência. O algoritmo utiliza tecnologia de Rede Neural Artificial (RNA) para reconhecer padrões de voz associados à insuficiência cardíaca, com eficiência de cerca de 92% em diagnósticos, superando métodos convencionais;
- Aplicação e potencial para telemedicina. Este método não invasivo tem implicações significativas para a telemedicina, oferecendo uma opção de triagem e diagnóstico remoto para pacientes;
- Proteção e aprimoramento. Duas patentes foram depositadas para proteger o “Marcador de Vozes”. A UFPB firmou um acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein para expandir o banco de dados e aprimorar a tecnologia.
Este método não invasivo promete revolucionar o diagnóstico remoto e a triagem de pacientes. Além disso, apresenta implicações significativas para a telemedicina.
‘Marcador de Vozes’: como a IA funciona
Utilizando tecnologia de Rede Neural Artificial (RNA), o algoritmo reconhece padrões de voz associados à insuficiência cardíaca, com redes específicas adaptadas para cada gênero.
A coleta e análise de dados envolveram as vozes de 142 voluntários. Desse modo, se submeteram a técnicas de processamento de sinais para extrair características indicativas da condição cardíaca.
Os resultados do “Marcador de Vozes” tiveram alta eficiência – com cerca de 92% de acertos em diagnósticos. Ou seja, supera métodos convencionais, conforme divulgado pela UFPB.
Para proteger a inovação, duas patentes relacionadas ao algoritmo – que atualmente estão em processo de concessão de direitos – foram depositadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Além disso, a UFPB firmou um acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein para expandir o banco de dados e aprimorar a tecnologia.
Contexto
A ideia para o ‘Marcador de Vozes’ teve origem num software de engenharia mecânica. Este tradicionalmente usado para detectar problemas em motores por meio do som emitido pela vibração.
Assim, ocorreu a interdisciplinaridade do projeto, que envolveu especialistas em engenharia mecânica e medicina. Um fator crucial para o sucesso e a inovação alcançados até o momento.
Com a continuação dos estudos e aperfeiçoamento da tecnologia, o “Marcador de Vozes” da UFPB se posiciona como uma ferramenta promissora para o futuro do diagnóstico médico.