Na véspera, Ibovesta tem volume de negociações com feriados em bolsas, lá fora gerou em torno de R$ 9 bilhões, contra uma média de R$ 24 bilhões em dias típicos de pregão
O Ibovespa operava em queda de 0,61% por volta das 10h45 desta terça-feira (27), aos 108.074 pontos, em mais um dia de negociações reduzidas devido ao recesso de fim de ano.
Na véspera, o volume de negociações com feriados em bolsas lá fora gerou em torno de R$ 9 bilhões, contra uma média de R$ 24 bilhões em dias típicos de pregão. No pregão desta segunda-feira (26), o principal índice da bolsa caiu 0,87%, a 108.737,75 pontos. Assim, refletiu o aumento nas previsões de juros e inflação do Boletim Focus, após ter subido 6,65% na semana passada.
Com a piora das expectativas por aqui e o aumento do risco fiscal, o dólar sobe contra o real, na contramão da baixa da moeda lá fora. A moeda norte-americana comercial subia 1,15% às 10h45, cotada a R$ 5,269 na venda.
No cenário local, investidores seguem de olho nas possíveis definições de ministérios de novo governo, com destaque para pasta do Planejamento. Simone Tebet é a principal cotada e Lula negocia com a senadora as condições para convencê-la a aceitar o cargo.
Ibovespa negociações
Tebet sinalizou a aliados que aceita assumir o ministério se levar junto a gestão de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. Ou seja, ela aceita o cargo, se assumir um planejamento turbinado.
O mercado gosta do nome de Tebet por considerar que a senadora teria uma visão mais liberal, mais ao centro da economia. Mas há um ceticismo sobre o quanto ela poderia fazer de diferença numa equipe econômica, com nomes políticos e com Lula dando sinais de que vai dar as diretrizes para economia e que deve conduzir a economia .
Portanto, repercute (27) o levantamento divulgado pela XP que mostra que não é só a ampliação dos gastos com a PEC. A XP destaca que a possível volta de impostos federais sobre os combustíveis pode elevar o IPCA em 0,51 ponto percentual. Assim, traz a previsão da casa de análise para 5,4% ao ano, acima da previsão do Focus de 5,23%.
Com a isenção dos impostos federais, o governo deixa de arrecadar R$ 54 bilhões para ajudar no financiamento de despesas sociais previstas. A expectativa é que o presidente eleito volte a subir os impostos, segundo análise da XP. Vale destacar que o teto da meta de inflação para o ano que vem é de 4,75%.