O tempo seco favorece colheita de milho segunda safra e algodão, mas restringe sua evolução
A análise é do Boletim de Monitoramento Agrícola da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Nesse sentido, foi elaborada com base nas condições observadas nas primeiras semanas deste mês.
Restrições na colheita
Os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo sofreram essas restrições. A média do armazenamento hídrico no solo foi baixa, no entanto. Aliado a isso, há a expectativa de impacto na produtividade do milho devido à incidência de geadas no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás, especialmente nas lavouras em estádios reprodutivos. A umidade do solo, porém, foi suficiente para o desenvolvimento do milho segunda safra no Paraná.
As chuvas apresentaram maiores acumulados na região Norte e no litoral da região Nordeste do país. Nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Matopiba, a ausência de chuvas foi favorável para as operações de colheita da segunda safra, como o milho e o algodão.
Já com relação à safra de inverno, o comportamento tem apresentado padrões satisfatórios de desenvolvimento. Na região Sul, para o trigo que está em estádios iniciais, não se estima perdas até o momento. Apesar da pouca chuva, foi possível avançar com a semeadura e o desenvolvimento do cereal nos principais estados produtores.
As exportações de alguns itens agrícolas, como o milho foram aquecidas no final do ano passado. Segundo dados consolidados do Comex Stat do Ministério da Economia, de janeiro a novembro em 2020, o Brasil exportou 29,7 milhões de toneladas de milho, com faturamento de US$ 4,9 bilhões.
As vendas externas do grão somaram 32,9 milhões de toneladas. Com isso, o Brasil chegou ao segundo melhor resultado das exportações de milho em toda a história, atrás apenas da quantidade embarcada em 2019, quando o total a 44,9 milhões de toneladas.
Ft: conab,canalrural