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O Implante eletrônico é feito de eletrodos e um gerador de impulsos elétricos que age diretamente na medula espinhal

Implante eletrônico faz mulher com doença rara voltar a andar

O implante eletrônico mantém a pressão arterial da mulher para que ela permaneça de pé

Uma mulher diagnosticada com uma doença neurodegenerativa debilitante que a fez perder a capacidade de levantar, conseguiu voltar a andar após um implante eletrônico; o dispositivo foi colocado cirurgicamente em sua coluna.

A tecnologia já permitiu que três homens paralisados pudessem voltar a caminhar; com isso, gera esperança para pacientes com doenças neurodegenerativas que, até o momento, não havia cura.

Os resultados estão em uma publicação na prestigiada revista científica New England Journal of Medicine. Assim demonstram o avanço da ciência na medicina. A paciente que recebeu o implante possui uma condição chamada de atrofia de múltiplos sistemas que, é algo raro e apresenta com sintomas semelhantes aos de Parkinson; causa também danos generalizados aos nervos ao redor do corpo.

Neste caso, um sintoma significativo foi a perda de neurônios simpáticos no corpo da mulher; o que então fez com que a pressão arterial caísse quando ela se levantava, o que chamam de hipotensão ortostática.

O sistema nervoso da paciente estava muito danificado para conseguir regular a pressão arterial; assim, ela desmaiava imediatamente após ficar de pé, impedindo a formação do movimento ereto.

Em uma colaboração com diferentes hospitais na Suíça, os pesquisadores implantaram um dispositivo eletrônico feito por eletrodos e um gerador de impulsos elétricos; ele age diretamente na medula espinhal. Antes, se usava como uma forma de tratar a dor crônica, projetado para detectar mudanças na postura da mulher e reagir, incentivando as artérias a se contraírem para ajudar seu corpo a manter a pressão arterial.

A boa notícia é que o dispositivo funcionou e a mulher, enfim, conseguiu ficar de pé após ter ficado mais de 18 meses incapacitada de levantar sozinha. Aliás, ela já está em fisioterapia para recuperar, cada vez mais, a capacidade de andar.