O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) subiu 0,6 ponto em dezembro, indo para 112,7 pontos

A divulgação dos dados do indicador de incerteza da economia ocorreu no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Segundo Anna Carolina Gouveia, economista do instituto, a subida no indicador, após dois meses praticamente estável com alta de 0,3 e 0,1 ponto, sob influência da transição de governo. Por isso, o IIE-Br fechou o ano em nível insatisfatório, acima dos 110 pontos.

“O resultado foi influenciado pelas incertezas da transição de governo e o direcionamento das políticas econômicas do próximo ano, com destaque para a condução da política fiscal”, argumentou.

Entretanto, destacou que o aumento da incerteza impulsionado pela dispersão nas previsões macroeconômicas, deve permanecer em alta nos próximos meses.

“A alta do IIE-Br motivada pelo componente de expectativas, mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, devido a uma  maior heterogeneidade das previsões para a taxa Selic. Diante da conjuntura doméstica e internacional desafiadora, o Indicador de Incerteza deverá se manter oscilando em patamar elevado nos próximos meses”, afirmou.

Componentes

Entre os componentes do IIE-Br, em dezembro o indicador Mídia, que se baseia na frequência de notícias com menção à incerteza nas mídias impressa e online, teve queda de 2,5 pontos, para 110,1 pontos, chegando ao menor nível desde novembro de 2019. Desse modo ficou em 103,6 pontos. Com isso, o componente contribui para a redução de 2,2 pontos no índice agregado.

A mesma coisa aconteceu com o componente de expectativas. Ele indica a média dos coeficientes de variação das previsões dos analistas econômicos teve alta de 12,8 pontos, indo para 117,9 pontos. Ou seja, o maior pico anterior registrado em julho deste ano, com 124,7 pontos. Esse componente contribui com 2,8 pontos para a alta na margem do Indicador de Incerteza da Economia.

Fonte: Agência Brasil