É o maior nível do Índice de Confiança da Construção desde dezembro de 2013
O Índice de Confiança da Construção (ICST) subiu 1,4 ponto em agosto e chegou a 98,2 pontos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), que divulgou os dados hoje (26), este é o maior nível alcançado pelo indicador desde dezembro de 2013, quando o índice estava em 98,3 pontos.
Em médias móveis trimestrais, o índice subiu 0,6 ponto. Em julho, o ICST havia caído 0,7 ponto. Na comparação com agosto de 2021, o aumento foi de 1,8 ponto.
De acordo com a coordenadora de Projetos da Construção do FGV Ibre, Ana Maria Castelo, a pesquisa revelou sentimento de melhora na situação dos negócios atual e dos próximos meses. Desse modo, recupera a queda anterior na confiança dos empresários do setor, apesar do indicador se manter abaixo do nível de neutralidade.
“Apesar de uma percepção mais favorável sobre a situação atual e a despeito das últimas medidas voltadas ao segmento de habitação social, as expectativas estão mais pessimistas que há um ano, o que sinaliza um cenário ainda desafiador à frente”, disse Ana Maria.
Segundo a coordenadora, houve queda na comparação anual em infraestrutura, indicando a perspectiva de desinvestimento com o período eleitoral.
“O segmento de infraestrutura registrou maior queda do indicador na comparação interanual. Isso pode ser resultado da perspectiva de desaceleração dos investimentos relacionados ao ciclo eleitoral. No segmento de edificações residenciais, as expectativas referentes à demanda prevista ficaram mais otimistas na comparação com julho”.
Componentes
Entre os componentes do ICST, a alta verificada em agosto foi influenciada, sobretudo, pela melhora das avaliações sobre o momento atual e também pelas perspectivas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA-CST) subiu 1,6 ponto no mês, para 96,4 pontos, atingindo o maior nível desde maio de 2014, quando estava em 97,6 pontos, puxado pelo indicador de situação atual dos negócios, que subiu 3,9 pontos, para 96,2 pontos. O indicador de volume da carteira de contratos caiu 0,8 ponto, para 96,5 pontos.
O Índice de Expectativas (IE-CST) subiu 1,2 ponto, para 100,1 pontos, com o maior otimismo sobre a demanda prevista para os próximos três meses, que teve alta de 1,7 ponto, para 102,8 pontos. Já o indicador de tendência dos negócios para os próximos seis meses avançou 0,6 ponto, para 97,3 pontos.
O Nível de Utilização da Capacidade (Nuci) da Construção variou -0,2 ponto percentual, para 77,7%, ficando relativamente estável. O Nuci de Mão de Obra permaneceu em 78,9% e o Nuci de Máquinas e Equipamento caiu 1,2 ponto percentual, para 72,7%.
Os indicadores sobre a atividade corrente e o emprego previsto caíram no mês, mas continuam positivos em médias móveis trimestrais. Em agosto, 31,0% das empresas indicaram intenção de contratar nos próximos meses e 11,9% mencionaram redução do emprego.
Fonte: Agência Brasil