Em 12 meses, o setor da Indústria avança 3,1%, mostra IBGE
A indústria brasileira cresceu 1,2% na passagem de fevereiro para março. O resultado rompe um período de cinco meses seguidos em que o setor acumulava perdas ou variação positiva muito perto de zero, o que é considerado estabilidade. Aliás, é a maior expansão desde junho de 2024, quando o crescimento ficou em 4,3%.
Assim, na relação a março do ano passado, houve avanço de 3,1%. Nesse tipo de comparação, todavia, é a décima alta positiva seguida. Em 12 meses, portanto,a indústria acumula 3,1%.
Com esses resultados, a indústria se encontra 2,8% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 14,4% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em maio de 2011.
Em seguida, veja o comportamento da indústria nos últimos seis meses
- Março 2025: +1,2%
- Fevereiro 2025: 0%
- Janeiro 2025: +0,1% (considerado estabilidade)
- Dezembro 2024: -0,3%
- Novembro 2024: -0,7%
- Outubro 2024: -0,1%
Alta disseminada
Conforme o gerente da pesquisa, André Macedo, o crescimento de março é uma “compensação de meses em que a indústria mostrou menor dinamismo”. Só nos três últimos meses de 2024, o recuo acumulado tinha ficado em 1%.
Das quatro grandes categorias econômicas pesquisadas, três apresentaram expansão:
- Bens de consumo duráveis: 3,8%
- Bens de consumo semi e não duráveis: 2,4%
- Bens Intermediários (são usados na produção de outros bens): 0,3%
- Bens de capital (máquinas e equipamentos): -0,7%
Outro dado mostra disseminação do crescimento, entre as 25 atividades pesquisadas. Sendo assim, 16 apresentaram comparação positiva de fevereiro para março, as principais influências positivas:
- coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis: 3,4%
- indústrias extrativas: 2,8%
- produtos farmoquímicos e farmacêuticos: 13,7%
- veículos automotores, reboques e carrocerias: 4%
O índice de difusão, que mostra o percentual dos 789 produtos investigados que tiveram crescimento na produção, ficou em 59,7% na passagem de fevereiro para março.
A média móvel trimestral, indicador que permite visualizar a tendência de comportamento do setor sem interferências pontuais, ficou positiva em 0,4%. Isto é, “interrompeu a trajetória predominantemente descendente iniciada em novembro de 2024”, afirma o IBGE. Portanto, média móvel trimestral apurada em março foi o primeiro resultado positivo desde outubro.
Fonte: agênciabrasil