No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,35% e, em 12 meses, de 6,17%, informou o instituto
Considerado uma “prévia da inflação oficial”, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), variou 0,53% em novembro, após ter registrado 0,16% em outubro, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira (24).
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,35% e, em 12 meses, de 6,17%, abaixo dos 6,85% dos 12 meses imediatamente anteriores, informou o instituto. Em novembro de 2021, a taxa foi de 1,17%.
O mercado esperava alta de 0,56% na comparação mensal e de 6,21%, na anual, segundo pesquisa da Reuters.
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em novembro, com exceção de Comunicação, que ficou estável no período.
Os maiores impactos vieram de Alimentação e bebidas (0,54%) e Saúde e cuidados pessoais (0,91%). A alta no grupo Alimentação e bebidas foi puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,6%). Destacam-se os aumentos nos preços do tomate (17,79%), da cebola (13,79%) e da batata-inglesa (8,99%). Além disso, os preços das frutas subiram 3,49%. No lado das quedas, está o leite longa vida (-6,28%), cujos preços já haviam recuado 9,91% em outubro.
A alimentação fora do domicílio subiu 0,4%, variação próxima à do mês anterior (0,37%). Enquanto a refeição subiu 0,36%, o lanche aumentou 0,54%. Em outubro, as variações haviam sido de 0,44% e 0,23%, respectivamente.
Prévia do IPCA-15
Assim, na Saúde e cuidados pessoais, os destaques para o mês foram os itens de higiene pessoal, que subiram 1,76%, em especial os produtos para pele (6,68%), e os planos de saúde (1,21%).
Já o grupo Transportes saiu de queda de 0,64% no mês passado para alta de 0,49% em novembro, com preços dos combustíveis (2,04%) voltando a subir após cinco meses consecutivos de quedas.
Depois de caírem 5,92% em outubro, os preços da gasolina aumentaram 1,67% em novembro, contribuindo com o maior impacto individual no índice do mês. Além disso, os preços do etanol subiram 6,16% e os do óleo diesel, 0,12%. O gás veicular (-0,98%) foi o único a apresentar queda entre os combustíveis pesquisados pelo IBGE.
Todavia a maior variação no índice do mês veio do grupo Vestuário, com alta de 1,48%, resultado próximo ao do mês anterior (1,43%). Assim, o instituto destaca ainda a alta de 0,48% de Habitação, superior à de outubro (0,28%).
Quanto aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas tiveram variações positivas em novembro. Mas as maiores ocorreram em Recife (0,78%), onde houve alta de 4,97% nos preços da gasolina (4,97%), e em Brasília (0,78%), onde pesou o aumento da energia elétrica (7,44%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (0,11%), em função das quedas nos preços das carnes (-3,05%), assim como das passagens aéreas (-8,27%).