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Queda no preço da gasolina é uma das principais responsáveis pelo índice do mês do IPCA-15

IPCA-15: queda já é de 0,73%, puxada pela gasolina

Alta em julho não foi acompanhada, e dessa vez o IPCA-15 em agosto foi de queda

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) – considerado a prévia da inflação oficial do país – teve queda de 0,73% em agosto, após alta de 0,13% registrada em julho, segundo divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (24).

Trata-se da menor taxa da série histórica, iniciada em novembro de 1991. O resultado veio pela queda nos preços dos combustíveis, em particular da gasolina e do etanol, e da energia elétrica. Apesar da queda recorde, os preços de Alimentação e bebidas e Saúde e cuidados pessoais continuaram subindo.

Em 12 meses, o IPCA-15 acumula alta de 9,60%, abaixo dos 11,39% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e a menor taxa desde agosto de 2021 (9,30%). No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,02%. Em agosto de 2021, a taxa havia sido de 0,89%.

Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para o cálculo da prévia da inflação, seis tiveram variação positiva. O resultado de agosto foi influenciado principalmente pela queda no grupo dos Transportes, que contribuiu com -1,15 ponto percentual no índice do mês. Além disso, também houve recuo nos preços dos grupos Habitação e Comunicação.

Já a maior variação e o maior impacto vieram de Alimentação e bebidas (contribuição com 0,24 ponto percentual). Destacam-se, ainda, os grupos Saúde e Cuidados Pessoais e Despesas pessoais, que contribuíram igualmente com 0,18 ponto percentual no índice.

Veja a prévia da inflação de agosto para cada um dos grupos pesquisados:

  • Alimentação e bebidas: 1,12%
  • Habitação: -0,37%
  • Artigos de residência: 0,08%
  • Vestuário: 0,76%
  • Transportes: -5,24%
  • Saúde e cuidados pessoais: 0,81%
  • Despesas pessoais: 0,81%
  • Educação: 0,61%
  • Comunicação: -0,30%

A deflação no grupo dos Transportes deve-se, principalmente, à queda no preço dos combustíveis (-15,33%). De acordo com o IBGE, a gasolina caiu 16,80% e deu a maior contribuição negativa ao índice do mês (-1,07 ponto percentual).