Premiê Benjamin Netanyahu e ministro da Defesa de Israel afirmaram em comunicado que caçariam Abdul Malik al-Houthi
Israel ataca os portos de Hodeida e Salif, no Iêmen, no Mar Vermelho nesta sexta-feira (16), continuando sua campanha para degradar as capacidades militares houthis e alertando que o principal líder do grupo pode ser alvo caso os ataques a Israel persistam.
Os houthis continuaram a disparar mísseis contra Israel, em solidariedade aos palestinos em Gaza, embora tenham concordado em interromper os ataques a navios americanos.
Israel realizou ataques retaliatórios em resposta, incluindo um em 6 de maio que danificou o principal aeroporto do Iêmen, em Sanaa, e matou várias pessoas.
Os ataques israelenses mataram pelo menos uma pessoa e feriram nove, informou o Ministério da Saúde, administrado pelos houthis, em um comunicado.
Moradores de Hodeidah disseram, contudo, ter ouvido quatro estrondos altos e visto fumaça saindo do porto após os ataques.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa, Israel Katz, afirmaram em um comunicado conjunto que caçariam o principal líder dos Houthis, Abdul Malik al-Houthi.
Eixo da Resistência
Mohammed Ali al-Houthi, uma figura importante do grupo, descreveu as ameaças israelenses como “ilusões”, afirmando no X, que elas visavam ganhar tempo estabelecendo “objetivos inatingíveis”.
Os Houthis, portanto, fazem parte do chamado “Eixo da Resistência” do Irã contra os interesses israelenses e americanos no Oriente Médio. Ao lado do Hamas em Gaza e do Hezbollah no Líbano, cerca de 60% da população iemenita vive sob seu controle. Aliás, são considerados uma organização terrorista pelos EUA.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, os houthis lançaram dezenas de ataques com mísseis e drones contra Israel, a maioria dos quais interceptada ou teve um pouso prematuro.