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Paz: Grupo radical afirmou que está disposto a trocar reféns com Israel e renunciar ao controle do território palestino

Israel e Hamas negociam paz na guerra em Gaza

Grupo radical afirmou que está disposto a trocar reféns com Israel e renunciar ao controle do território palestino

A resposta do Hamas à proposta de cessar-fogo com Israel de 20 pontos do presidente americano, Donald Trump, abriu caminho para potenciais negociações de paz e finalizar um acordo de paz em Gaza. Trump rapidamente celebrou o aceite do grupo militante como uma vitória, afirmando que o Hamas estava “pronto para uma paz duradoura”.

Mas a resposta do Hamas condicional e omitiu completamente alguns dos pontos-chave da proposta de Trump.

Crucialmente, o grupo aceitou duas das exigências mais importantes do plano dos EUA. Isto é, a libertação de todos os reféns no início do cessar-fogo e a renúncia do controle do Hamas em Gaza.

O Hamas concordou com a “fórmula de troca” estabelecida no plano: todos os 48 reféns restantes por 250 prisioneiros palestinos. Assim como 1.700 palestinos de Gaza detidos após 7 de outubro.

O grupo militante também afirmou estar disposto a entregar o poder em Gaza a políticos palestinos independentes, refletindo de perto a linguagem do plano dos EUA.

A resposta do Hamas não menciona o comitê internacional de supervisão liderado por Trump, chamado de “Conselho da Paz”, que supostamente supervisionaria a governança palestina local. Não está claro se eles aceitam essa supervisão ou não.

Recusa em se desarmar

A resposta do Hamas também não aborda a questão do desarmamento: uma condição fundamental da proposta de Trump e uma exigência da comunidade internacional. O grupo tem se recusado repetidamente a se desarmar.

A declaração do Hamas afirma apenas que “outras questões” mencionadas no plano de Trump “serão discutidas por meio de uma estrutura nacional palestina abrangente”.

O Hamas também insiste que fará parte dessa estrutura, desafiando a exigência da proposta de Trump de que “não tenha qualquer papel na governança de Gaza, direta, indireta ou de qualquer forma”.

Essas questões — e a falta de clareza em torno da posição do Hamas — significam que as perspectivas para potenciais negociações para finalizar um acordo não são certas. Trump pode estar comemorando, mas ainda há conversas delicadas pela frente sobre algumas das questões mais sensíveis.

Entenda o plano dos EUA para Gaza

A Casa Branca divulgou os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Para acabar com a guerra na Faixa de Gaza.

A proposta do governo americano prevê um governo internacional temporário chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump. Bem como outros membros e chefes de Estado a anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair.

O controle de Gaza posteriormente caberia à Autoridade Palestina.

O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos.

Em troca, Israel libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.

O acordo sugere ainda que Gaza não seja anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no governo do território. Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.

A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses de Gaza e a desmilitarização do território.