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Segundo o jornal The New York TImes, citando autoridades americanas, Israel escondeu o material explosivo dentro de um lote de pagers - Foto: Reprodução/RedesSociais

Israel escondeu explosivos dentro de pagers vendidos ao Hezbollah, diz jornal

Segundo o jornal The New York TImes, citando autoridades americanas, Israel escondeu o material explosivo dentro de um lote fabricado em Taiwan e importado para o Líbano

Israel escondeu material explosivo dentro de um lote de pagers fabricados em Taiwan e importados para o Líbano, de acordo com autoridades americanas e outras informadas sobre a operação. As informações são do jornal americano The New York Times.

Centenas de pagers explodiram ao mesmo tempo em todo o Líbano, em um ataque que aparentemente teve como alvo membros do Hezbollah. O Ministério da Saúde do Líbano informou que pelo menos 11 pessoas morreram e mais de 4.000 ficaram feridas, com cerca de 400 em estado crítico.

Os pagers que o Hezbollah encomendou são da empresa Gold Apollo em Taiwan, adulterados antes de chegarem ao Líbano. O material explosivo teria sido implantado ao lado da bateria em cada pager. Um interruptor também teria embutido, podendo ser acionado remotamente para detonar os explosivos.

O que é um pager (ou bipe)? Por que alguém ainda usa um aparelho desses? Entenda

Se você nasceu depois de 1995, é provável que nunca tenha visto e ouvido um pager, ou bipe, como eles ficaram conhecidos no Brasil. Mas, acredite, eles foram muito populares.

Por que utilizam redes de pagers no Líbano para atacar integrantes do Hezbollah?

Logo após o início da guerra entre Israel e Hamas, milhares de membros do Hezbollah começaram a utilizar um sistema de dispositivos de pagers.

Às 15h30 do Líbano (9h30, no horário de Brasília), os pagers receberam uma mensagem que parecia vir da liderança do Hezbollah, segundo o jornal. Em vez disso, a mensagem ativou os explosivos. Os dispositivos foram programados para emitir um bipe por vários segundos antes de explodir, de acordo com três das autoridades.

No início deste ano, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, limitou o uso de celulares pelos membros do grupo, que ele via como cada vez mais vulneráveis à inteligência israelense.

O Hezbollah acusou Israel de orquestrar o ataque, assim como o governo do Líbano. Israel não comentou as explosões.